A propósito de comunicados neste blogue:
O Adeus à Virgem
Toda esta encenação não será uma resposta à avassaladora entrevista póstuma do dr. Ventura ao dr. Morais (e ao dr. Lobo), saída no jornal O Pombal, salvo erro, de Junho ou Julho?
Sempre critiquei a escrita complexa do dr. Ventura, que não é para todos, preferindo claramente o estilo directo e incisivo do dr. Morais, mas tenho de reconhecer que o dr. Ventura, ao repescar o pensamento de «duas das mentes mais brilhantes de Carrazeda», conseguiu demonstrar, neste caso, que a Rainha nua ia. E a única coisa que vestiu em 8 anos foi para encher os bolsos à d.ra Graça Morais, ao irmão e ao marido, marimbando-se quase completamente para os autores locais.
Tenho pena que a entrevista não focasse também o que pensava o dr. Morais, na sua última cruzada contra a Corrupção, do elefante branco do Centro de Apoio Cívico.
Aliás, o comunicado, dando a outra face de Cristo, serviu para o Presidente, de uma forma hábil vincar a sua «distinta e leal colaboradora» contra a de outro(s), incluindo o contributo do bom Jô, e para a d.ra Olímpia reverter, debitando relhos lugares comuns do Político e do Homem.
O que é mais interessante, do ponto de vista religioso, é o excerto em que o Presidente diz «com pesar que a vê partir para a Assembleia Municipal». Como se o facto da d.ra ir de cavalo para burro não estivesse na sua vontade! Ou em seu poder impedi-la. E o adeus à Virgem na hora da partida fosse de um corpo assunto (de corpo e alma), aos Infernos. Esperemos, então, que os assuntos de «natureza pessoal e familiar» revelem a visitação do anjo Gabriel. E uma concepção sem pecado, para dar à luz na Assembleia Municipal. Que de Candeias, «bem mais enriquecida ficará».
ferfigu
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