Dois comunicados numa mesma folha de papel (frente e verso) são obra e nunca visto por estas bandas. (Leia-os aqui)
Falamos dos comunicados do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães e da Senhora Vice-Presidente que nos informam sobre o abandono desta das listas de candidatos à Câmara Municipal pelo PSD por “razões de ordem pessoal e familiar”.
Os agradecimentos mútuos, os reconhecimentos do mérito do trabalho, a certeza de trabalho profícuo em novas funções, deixou-nos quase sem respirar, tamanhos foram os adjectivos e a linguagem hiperbólica utilizada.
Derreados com a solenidade deste acto, quase nos faltam as palavras para este comentário, tantas são as emoções que atravessam uma simples folha de papel.
A senhora vereadora “ao fim de oito anos de entrega e dedicação”, decidiu “fazer um interregno”. Achamos justo e é isso que defendemos para cargos desta natureza. Saber parar para avaliar o trabalho feito e quiçá revigorada partir para novos desafios é a atitude que nos parece inteligente e bem correcta. Saúda-se também que, pela primeira vez, uma mulher teve elevado protagonismo na gestão autárquica deste concelho.
Quanto à gratidão das gentes do concelho não se fie muito. As pessoas mostram-se gratas quando se detém poder e se pode interferir na sua vida, se não, bem brevemente esquecem todo o esforço dispendido.
Falamos dos comunicados do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães e da Senhora Vice-Presidente que nos informam sobre o abandono desta das listas de candidatos à Câmara Municipal pelo PSD por “razões de ordem pessoal e familiar”.
Os agradecimentos mútuos, os reconhecimentos do mérito do trabalho, a certeza de trabalho profícuo em novas funções, deixou-nos quase sem respirar, tamanhos foram os adjectivos e a linguagem hiperbólica utilizada.
Derreados com a solenidade deste acto, quase nos faltam as palavras para este comentário, tantas são as emoções que atravessam uma simples folha de papel.
A senhora vereadora “ao fim de oito anos de entrega e dedicação”, decidiu “fazer um interregno”. Achamos justo e é isso que defendemos para cargos desta natureza. Saber parar para avaliar o trabalho feito e quiçá revigorada partir para novos desafios é a atitude que nos parece inteligente e bem correcta. Saúda-se também que, pela primeira vez, uma mulher teve elevado protagonismo na gestão autárquica deste concelho.
Quanto à gratidão das gentes do concelho não se fie muito. As pessoas mostram-se gratas quando se detém poder e se pode interferir na sua vida, se não, bem brevemente esquecem todo o esforço dispendido.
Por outro lado, note bem, escolhem-se os nossos representantes para eles trabalharem e desempenharem o papel da melhor maneira, é só isso que se lhes pede. Quanto ao seu desempenho, o futuro lho avaliará.
A saída da senhora vereadora, gerida quase até ao limite, denotou “savoir faire” político, que não encontra paralelo na demissão do outro vereador. Se aquela foi “a mais distinta e leal colaboradora”, este foi-o menos, é a lógica de La Palisse. Cremos que as relações entre as pessoas pautadas pela ética, verdade e humanidade e despidas da oportunidade política exigiram também um elogio público ao ex-vereador que para além de leal, sempre se mostrou um humilde servidor do líder municipal.
Uns saem e outros chegam e há muitos (cinco?) que gostariam de liderar os destinos deste concelho. Um bom sinal! Sem falsos sebastianismos, a vida continua!
Notas sobre duas inexactidões:
a senhora vereadora não “deixará de integrar o executivo municipal no próximo mandato”, porque só depois das eleições é que saberia se foi ou não eleita. O mesmo da sua integração na Assembleia Municipal que só depois de contados os votos se saberá se esta ficou “bem mais enriquecida”. Um pouco de humildade democrática não ficaria mal a ninguém!
A saída da senhora vereadora, gerida quase até ao limite, denotou “savoir faire” político, que não encontra paralelo na demissão do outro vereador. Se aquela foi “a mais distinta e leal colaboradora”, este foi-o menos, é a lógica de La Palisse. Cremos que as relações entre as pessoas pautadas pela ética, verdade e humanidade e despidas da oportunidade política exigiram também um elogio público ao ex-vereador que para além de leal, sempre se mostrou um humilde servidor do líder municipal.
Uns saem e outros chegam e há muitos (cinco?) que gostariam de liderar os destinos deste concelho. Um bom sinal! Sem falsos sebastianismos, a vida continua!
Notas sobre duas inexactidões:
a senhora vereadora não “deixará de integrar o executivo municipal no próximo mandato”, porque só depois das eleições é que saberia se foi ou não eleita. O mesmo da sua integração na Assembleia Municipal que só depois de contados os votos se saberá se esta ficou “bem mais enriquecida”. Um pouco de humildade democrática não ficaria mal a ninguém!
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