Estou completamente de acordo com o escrito:
"Sob pressão e a sugestão do Presidente da República, o Governo tenciona coagir os proprietários de floresta a pagar a limpeza do que é seu. À superfície, a ideia não choca. Só que o Governo sabe de ciência certa que a esmagadora maioria dos proprietários não se pode encarregar dessa limpeza: ou por simples miséria, ou porque estão longe, ou porque deixaram de trabalhar no campo. Há trinta anos que a migração maciça para as cidades e o abandono geral da agricultura anunciava o espectáculo a que hoje dia a dia assistimos. De novo, nenhum governo tomou a mais leve precaução para evitar o desastre. Não se fez nada, absolutamente nada, enquanto se atulhava o Estado de gente inútil e se promoviam obras de "prestígio". Agora, que as coisas mudaram e Portugal, para nossa vergonha, arde de ponta a ponta, a política oficial é descarregar nas vítimas (claro) a responsabilidade do Estado."
Vasco Pulido Valente no PÚBLICO
A medida governamental sobre a limpeza coerciva das matas é neste momento uma típica manobra de desresponsabilização do estado, mostrando um governo que, não tendo coragem política nem vontade de fazer o que pode fazer, nos distrai prometendo o que não pode fazer. Só quem desconheça a realidade do nosso país é que pode acreditar que a limpeza coerciva da mata tem um átomo de realismo e não é puro engano, só eficaz para quem nunca saiu da cidade.
José Pacheco Pereira no abrupto
"Sob pressão e a sugestão do Presidente da República, o Governo tenciona coagir os proprietários de floresta a pagar a limpeza do que é seu. À superfície, a ideia não choca. Só que o Governo sabe de ciência certa que a esmagadora maioria dos proprietários não se pode encarregar dessa limpeza: ou por simples miséria, ou porque estão longe, ou porque deixaram de trabalhar no campo. Há trinta anos que a migração maciça para as cidades e o abandono geral da agricultura anunciava o espectáculo a que hoje dia a dia assistimos. De novo, nenhum governo tomou a mais leve precaução para evitar o desastre. Não se fez nada, absolutamente nada, enquanto se atulhava o Estado de gente inútil e se promoviam obras de "prestígio". Agora, que as coisas mudaram e Portugal, para nossa vergonha, arde de ponta a ponta, a política oficial é descarregar nas vítimas (claro) a responsabilidade do Estado."
Vasco Pulido Valente no PÚBLICO
A medida governamental sobre a limpeza coerciva das matas é neste momento uma típica manobra de desresponsabilização do estado, mostrando um governo que, não tendo coragem política nem vontade de fazer o que pode fazer, nos distrai prometendo o que não pode fazer. Só quem desconheça a realidade do nosso país é que pode acreditar que a limpeza coerciva da mata tem um átomo de realismo e não é puro engano, só eficaz para quem nunca saiu da cidade.
José Pacheco Pereira no abrupto
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