31 agosto 2005

Condecorações

"O P.e Virgílio Cirne Vila-Velha marcou indelevelmente os crentes ou não do concelho. A sua vida parece-me uma linha recta de simplicidade, obediência e de serviço à Igreja, mais que aos seus paroquianos. Sem rasgos de iniciativa, não construiu obra, não arrostou contra as injustiças e para além do espiritual não olhou para o material dos seus paroquianos. Olha-se para trás e fica a simpatia e uma grande religiosidade. Será suficiente? Sobra o Mogo de Malta, a aldeia do seu coração, e aí sim existe uma obra que é o Centro Social e Paroquial, a sua menina dos olhos. O seu nome estará associado a esta construção e toda a obra desenvolvida pelo Centro. Como em todas as coisas da vida se a honra lhe será concedida na história da aldeia, ela deveria ser atribuída à pertinência e preserverança de três ou quatro filhos da terra, de que saliento uma grande senhora que apenas conheço como a "D. Fernandinha"...


As condecorações começaram. E é caso para reflectir sobre a justeza das outorgas. Premiar as carreiras profissionais e distinguir munícipes é sempre uma tarefa ingrata, pois os merecimentos são, salvo honrosas excepções, discutíveis, não unânimes e polémicos. Em meios pequenos mais se agravam estes constrangimentos.
O que mais me preocupa na "valsa das medalhas" que se iniciou é saber quem atribui as distinções. Se é responsabilidade do executivo estará tudo dito: ela terá uma base polémica a que não escapará a suspeita político-partidária e o mal-dizer.
Poderá ainda questionar-se a validade destas condecorações. Medalhas de mérito terão alguma validade num município como o nosso que não seja mais um elemento "folclórico"?

1 comentário:

Cardo disse...

Olá.
Pelos visto há ouro na câmara... ainda vão descobrir petróleo na 1ª circular.
Cardo.