O certame pretendeu constituir-se como a feira das actividades económicas da região. Era um objectivo megalómano de José Gama que queria impor Mirandela como a nova centralidade distrital. O seu êxito inicial deveu-se tanto à novidade, bem como às injecções de dinheiros públicos que serviram para contratar nomes sonantes do reportório musical português. A selecção de artistas incidiu, não poucas vezes, com o que mais de "pimba" se consome, isso para atrair multidões, a par do sorteio de um automóvel que concentrava no último dia uma grande multidão, inadequada até ao espaço.
Quem assiste ao certame, o que vê: uma exposição de veículos automóveis das mais diversas marcas, exposição de móveis e outros artigos de lar, provenientes de muitas regiões do país, dos quais se destacam os colchões magnéticos, banheiras de hidromassagem e outros produtos ditos "da banha da cobra". Para um observador alheio à região, saberá que as actividades económicas locais se cingem ao comércio automóvel, construção civil e serviços.
Era altura de pensar a organização deste tipo de certames de uma forma racionalizada e proveitosa para a região. Os certames deste género multiplicam-se um pouco por todo o lado, muitas vezes sem atingir minimamente os objectivos que se propõem, cada vez mais esvaziados de sentido e de pessoas, tão só servem de alimento ao ego das vaidades pessoais e locais e são sorvedouro de dinheiros públicos, isto é dos nossos impostos que investidos noutros projectos trariam mais desenvolvimento.
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