Conta a lenda, que no sítio da Cabreira, no termo de Mogo de Malta, existe uma fraga em que todos os anos, dia de Natal, à meia-noite, se abre ao meio e no interior da mesma se encontra uma grande fortuna em moedas de ouro.
Num determinado ano, uma mulher pobre, ambicionando parte das moedas de ouro ali guardadas, ousou aventurar-se e com uma criança pequenina ao colo dirigiu-se para a fraga, Ao dar a primeira badalada da meia-noite, a fraga abriu-se e a mulher pode entrar e levou consigo a criança. No interior ficou maravilhada com o que viu, depressa encheu o avental de moedas, e ao dar a última badalada tinha que sair porque a pedra fechar-se-ia. Ela conseguiu sair mas a criança ficou lá dentro esquecida, a mulher ao aperceber-se do que lhe tinha acontecido, abriu o avental e espalhou as moedas pela encosta abaixo que se transformaram em grandes pedregulhos, que ainda hoje se podem observar.
Conclui ainda a lenda, que no ano seguinte a mesma mulher voltou à fraga, seguiu as mesmas instruções e apenas recuperou o filho abandonado no ano anterior e a criança estava precisamente no mesmo sítio onde o tinha deixado.[1]
[1] Ana Lurdes Castro, 79 anos, Mogo de Ansiães
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