Embora a celebração do Natal começasse com o nascimento de
Jesus, tornou-se verdadeiramente popular há apenas 300 anos. Mas tudo começa
com o nascimento, que é o Natal.
O imperador Augusto, determinou o recenseamento de toda a
população do Império Romano por causa dos impostos, tendo cada pessoa, para o
efeito de se registar na sua localidade. O Novo Testamento refere que José
partiu de Nazaré para Belém, para se recensear, e levou com ele a sua esposa,
Maria, que esperava um Filho. Ao longo da viagem, chegou a hora de Maria dar à
luz e, como a cidade, estava com os albergues completamente cheios, tiveram de
pernoitar numa gruta. Foi aí nessa região da Judeia e no tempo do rei Herodes
que Jesus nasceu.
Diz a Bíblia que um Anjo desceu sobre os pastores que
guardavam os seus rebanhos durante a noite e disse-lhes:"deixai o que
estais a fazer e vinde adorar o menino, que se encontra em Belém e é o vosso
Redentor". Os pastores foram apressados, procurando o lugar indicado pelo
Anjo, e lá encontraram Maria, José e o Menino. Ao vê-lo, espalharam a Boa Nova.
Entretanto surgira no céu do Oriente uma estrela que guiou
os Três Reis Magos até à gruta de Belém Os Magos ofereceram três presentes ao
menino Jesus: ouro, incenso e mirra. Foi por esta razão que o período das
festas se alargou-se até à Epifania, ou seja vai desde 25 de Dezembro até 6 de
Janeiro. O dia 6 de Janeiro é o chamado dia dos Reis.
Originalmente destinada a celebrar o nascimento anual do
Deus Sol no solstício de inverno a festividade foi mudada pela Igreja Católica
no século III para estimular a conversão dos povos pagãos sob o domínio do
Império Romano e também passou a comemorar o nascimento de Jesus de Nazaré.
Os primeiros registos da celebração do Natal têm origem na
Turquia, a 25 de Dezembro, em meados do sec II.
No ano 350, o Papa Júlio I levou a efeito uma investigação
pormenorizada e anunciou o dia 25 de Dezembro como data oficial e o Imperador
Justiniano, em 529, declarou-o feriado nacional.
Em Inglaterra, o primeiro arcebispo de Cantuária foi
responsável pela celebração local do Natal. Na Alemanha, foi reconhecido em 813,
através do sínodo de Mainz. Na Noruega, pelo rei Hakon em meados de 900.
Portanto, em finais do séc. IX, o Natal já era celebrado em toda a Europa.
Alfredo, o Grande, declarou 12 dias de festividade. Henrique
III celebrava o Natal com a matança de animais e eram oferecidos presentes ao
rei, No entanto este, mudou um pouco a tradição e passou também a distribuir
comida pelos mais pobres.
Neste país em 1533 o Natal tornou-se um grande
acontecimento, e era celebrado com cânticos, danças, teatro e abundância de comida.
Contudo, o Clero incomodado com estes excessos colocou alguns entraves à
maneira como o Natal era celebrado, isto é para a igreja, faltava o lado
espiritual. Surgiu então a questão abolir ou não as festas, antes que estas
caíssem em exageros.
O Natal foi novamente legalizado em 1660, quando Carlos II
regressou ao poder.
Com a revolução industrial, início do século XIX, o espírito
do Natal foi-se perdendo. Era necessário trabalhar o mais possível para fazer
dinheiro, e não havia lugar ao descanso, como tal os feriados foram proibidos
em Inglaterra, incluindo o do Natal. Apenas algumas pessoas continuaram a festejá-lo
em suas casas. Alguns patrões concediam também algumas horas livres aos seus
empregados.
Enquanto em Inglaterra a maioria das pessoas andava triste,
na Alemanha, as pessoas festejavam alegremente o Natal, que se consolidou com
muita tradição.
Nos finais do século XIX, os americanos, viam esta época com
grande ternura, provavelmente devido aos emigrantes germânicos que a celebravam
com entusiasmo.
Começaram a fazer grandes feiras, a montar árvores, luzes e
presentes, e as crianças eram o alvo das maiores atenções. O Natal começou aí a
ser festejado com muita alegria e diversos festejos.
Quando em 1837 a rainha Vitória subiu ao trono de
Inglaterra, este país mudou radicalmente a sua posição acerca do Natal. A
rainha casou com o príncipe Alberto de descendência alemã, e o príncipe trouxe
consigo as tradições, e o espírito do Natal ressurgiu. Esta época era
maravilhosa. A família real festejava-a com grande carinho pelas crianças, e
fomentava a solidariedade e o amor pelo povo.
A primeira árvore de Natal foi introduzida pelo próprio
príncipe Alberto.
A Família real foi a grande responsável pelo impacto que o
Natal veio a ter em Inglaterra e em todo o mundo. Era uma época de boa vontade
e de amor, na qual os mais desprotegidos recebiam algum consolo.
A origem do Pai Natal é o bispo São Nicolau da Turquia que
viveu no século IV e se tornou uma lenda porque oferecia anonimamente presentes
aos mais necessitados.
O primeiro anúncio da Coca-cola com o Pai Natal é de 1930 e a fama da marca ajudou a divulgar a figura e criou o mito.
O primeiro anúncio da Coca-cola com o Pai Natal é de 1930 e a fama da marca ajudou a divulgar a figura e criou o mito.
Finalmente no século XX, o feriado continuou e a tradição
chegou até nós, substituído, cada vez mais, pelo espírito de consumo consumista
das compras excessivas, quando o mais importante deveriam ser os sentimentos:
paz, alegria, esperança, amor…
Sem comentários:
Enviar um comentário