Possivelmente Carlos Fernandes terá tido uma infância feliz.
Conheci o seu voluntarismo e empenho a trabalhar quando se tornou assistente na
monitorização de um curso de cerâmica em que participamos. Também soube da sua
dedicação ao escutismo que, como sabemos esteve muito activo na nossa terra.
Ali terá alicerçado os seus ideais de obediência às regras e devoção aos
Chefes. Paralelamente tentou sempre aprender mais e não consta que não venha
sendo um bom chefe de família. Quando para resolver o problema de todos os que
por aqui insistem em manter-se, o Sr. Presidente da Câmara de então, impôs a
sua entrada para os quadros do Município eu, na altura com algumas
responsabilidades, questionei-o sobre que encargo lhe iria destinar. E quando
considerei que, para fiscal ao serviço já havia muitos, do alto da sua cátedra o
Sr. Presidente assumiu que seria um fiscal para controlar os desmandos do ambiente.
Não consegui contra-argumentar. E assim nasceu em Carrazeda mais um fiscal que
nunca terá fiscalizado o que devia, porque julgo que nunca terá sido preparado
para tal. Isto porque não consta que alguma vez tenha sido feita uma
fiscalização séria aos erros ambientais e me dizem que o Carlos era drástico a
impor-se na fiscalização das leis que regem o urbanismo, leis essas que lhe
cumpria selar e que naturalmente não tinha sido ele a criar. A tal ponto que se
tornava um terror para o poder instalado em período de campanha eleitoral. Não
sei o que terá sido que lhe mudou a agulha. Terão sido as incongruências que
tivera que engolir! Terão sido as desconsiderações! O certo é que desta vez o
Carlos decidiu mijar fora do penico. Este gesto é imperdoável e o Carlos, com o
longo percurso que já levava de zeloso e obediente trabalhador autárquico devia
saber isso. Devia ter-se lembrado por exemplo de outro Carlos também Fernandes
cuja vida de funcionário autárquico foi um inferno, só por ser socialista.
O destino do Carlos ficou assim traçado. Passou a integrar o
quadro dos excedentários e foi aprender a fazer tricô para a Piscina Municipal.
Dizem-me que ainda se esforçou por aprender mas consta que a superior
hierárquica exigia antes que ele executasse “manicura”. Possivelmente não lhe
valeu ter recordado um passado impoluto e temente ao senhor, quando tentou
reaver a dignidade perdida e assim o Carlos soçobrou.
Esta história terá portanto continuidade já que haverá
alguns que a partir de agora gostarão de conhecer os capítulos seguintes.
Iremos tentar corresponder às expectativas.
Iremos por exemplo tentar explicar de que outro modo se
poderá planear o quadro de excedentários do Município, o enredo de eventuais
processos judiciais pendentes sobre o assunto do Carlos, como evolui o seu
estado de saúde, qual a moralização das tropas que actuam no cenário que se
descreve, a opinião do contraditório, etc.
Helder Carvalho
5 comentários:
Boa tarde
Mais uma retaliação do sr. Presidente da camara, nada de novo, pois foi assim e ainda é governada a dinastia de vilarinho da castanheira.
Para quem não sabe é este senhor que dirige o lar de vilarinho, é ele que decide tudo e quando digo tudo é tudo mesmo, quem o apoiar na politica tem tudo, quem não apoiar, pode acontecer algo parecido ao Sr. carlos. ..... entre muitas historias que nem ao diabo lembra. peço desculpa por não me identificar e todos percebem porquê....
Não terá muito a ver com este assunto dos Carlos, mas pode estar relacionado no sentido inverso.
Hoje Segunda-feira 13 recebi correio verde sem remetente. Abri li a missiva, fiquei meio aparvalhado e pergunto: Quem é a directora das piscinas cobertas?
Quem é o vereador do desporto?
A propósito, alguém mais recebeu?
Já agora, tinha o maior prazer em conhecer o conteúdo do correio verde sem remetente. Quê dele?
Gostava de ler celebre missiva.
A Grande individualidade apaga tudo...Até mesmo as cartas anónimas que nunca se conhece o seu teor.
A hora da verdade e o Julgamento Final aproximam-se. Só espero que nesse dia os residentes do concelho abram bem o olho e vejam a onde depositam a sua confiança.
Já agora José Mesquita, venha daí essa correspondência!
Não acha que os residentes da sua terra devam conhecer o seu teor?
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