25 maio 2015

Que não caiam em saco roto

O único episódio dos Evangelhos, que recordo, em que Jesus utiliza a força física é o da expulsão dos vendilhões do templo. Nesta ocorrência, Jesus e seus discípulos viajam a Jerusalém para celebrar a Páscoa judaica. Aí chegado, expulsa os cambistas do Templo de Jerusalém, acusando-os de tornar o local sagrado numa cova de ladrões através das suas atividades comerciais.

O bispo de Bragança, José Cordeiro ao aproveitar o dia em que se assinalam os 470 anos da fundação da diocese, pega no chicote da sua escrita e divulga uma nota pastoral, em que não poupa alguns mordomos e comissões de festas religiosas.

Pode ler-se: "Algumas organizações ou comissões de festas chegam até a contradizer o Evangelho e a fé da comunidade cristã devido ao desequilíbrio, às vezes escandaloso, nos seus gastos com os elementos exteriores, entre eles a excessiva quantidade de foguetes ou as somas avultadas para conjuntos musicais".

Ressalvando que, "muitos mordomos e comissões de festas religiosas populares dedicam-se de alma e coração ao serviço deste espírito genuinamente cristão que envolve" estas festas, no entanto verifica, que "alguns mordomos e comissões de festas se movem mais nas vertentes económica e lúdica das festas do que na sua dimensão cristã fundamental".

D. José Cordeiro alerta para a necessidade de um maior "cuidado com a gestão das esmolas, salientando bem que as coletas (ofertórios) e as promessas levadas ao altar da eucaristia devem reverter exclusivamente para o culto, a evangelização e a caridade".

 O bispo de Bragança-Miranda refere ainda que se mantêm atuais as disposições relativas à prestação de contas e ao destino das receitas das festas. Todavia, "algumas organizações ou comissões de festas chegam até a contradizer o Evangelho e a fé da comunidade cristã devido ao desequilíbrio, às vezes escandaloso, nos seus gastos com os elementos exteriores, entre eles a excessiva quantidade de foguetes ou as somas avultadas para conjuntos musicais"

Que não caiam em saco roto

 Nota pastoral aqui

Sem comentários: