O
homem Ratzinger desempenha o cargo de Papa, representante de S. Pedro na
Igreja Católica. O homem Ratzinger necessita do corpo para viver. O corpo está
sujeito a desgaste, de tal modo que chega um momento em que já não é
possível , através do corpo, cumprir de modo aceitável a função que
pretende desempenhar em prol dos seguidores católicos (e dos outros seres
humanos). Pensem no que seria o desempenho de um Papa que estivesse anos
seguidos acamado.
A
esta luz, a resignação tem todo o sentido. Se ele, aqui, pudesse viver
apenas com a alma (como há-de viver quando for para o céu) ser-lhe-ia possível
continuar como Papa.
Ratzinger
aceitou as limitações da sua condição de homem e tirou as conclusões
correspondentes. Cristo já o tinha assumido primeiro e era Deus.
Há,
no entanto, uma diferença entre o Papa-homem Ratzinger e o Deus-homem Cristo:
Este, sendo Deus, assumiu um papel muito simples no meio dos outros homens;
aquele assumiu as honrarias e os símbolos que os imperadores romanos detinham.
Choca,
por vezes, ver Cristo na cruz quase nu e a seu lado os dignitários da Igreja
com báculos, mitras e mais paramentos dourados. Não será necessário rever tudo
isso?
João
Lopes de Matos
4 comentários:
"Poder podia, mas não era a mesma coisa." Já viu, caro JLM, uma igreja despojada de paramentos, rituais e outros símbolos? Teria o mesmo poder de encantamento e de atração para o grande público? Talvez não.
Sempre muito pertinente, irónico mas assertivo nos seus comentários. É esta a "imagem de marca" do "nosso" prezado JLM !
E, contrariamente ao que nos parece habitual, desta vez, JAM parece estar de acordo, não só com a temática mas também no estilo irónico e assertivo! Parabéns aos dois amigos.
HR
Não percebi o 1º comentário. Não havia qualquer negação de símbolos no que escreveu JLM.
sentiransiaes
O homem,nas lucubrações,é muito espiritual:no dia a dia,é um animal puro e duro.
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