05 setembro 2012

Presidente da República recebe contestação à barragem do Tua

"As associações ambientalistas LPN, Quercus, GEOTA, FAPAS, o Movimento Cívico pela Linha do Tua e o ICOMOS Portugal serão recebidas amanhã pelo Presidente da República às 11h30 no Palácio de Belém. A reunião terá como ponto principal a construção da Barragem de Foz Tua.

As associações envolvidas na contestação à construção da Barragem de Foz Tua serão recebidas pelo Presidente da República em audiência para discutir o tema associado ao Plano Nacional de Barragens e à manutenção do Património Mundial da UNESCO no Douro Vinhateiro.

As ONGAs e as associações locais contestam desde 2007 o erro a nível ambiental, social e económico que o Plano Nacional de Barragens e a Barragem de Foz Tua em particular representam. Apesar de todos os esforços empreendidos, das recomendações da UNESCO e dos pareceres negativos da Comissão Europeia, a construção continua e o Estado continua a subsidiar a EDP para a construção da barragem.

 Amanhã as associações farão chegar a sua voz ao representante máximo do país, procurando uma vez mais que as evidências do carácter prejudicial sejam finalmente tidas em conta e que se resolva a situação com a paragem da construção da Barragem de Foz Tua."

(recebido por email)

5 comentários:

mario carvalho disse...

http://www.tvi24.iol.pt/aa---videos---sociedade/tua-quercus-ambientalistas-barragem-unesco-tvi24/1372696-5795.html

mario carvalho disse...

Ambientalistas apelaram a Cavaco para travar barragem do Tua
Um grupo de associações e movimentos que se opõem à construção da barragem de Foz Tua foi ao Palácio de Belém pedir ao Presidente que pressione o Governo para não avançar com as obras enquanto a UNESCO não decidir se a barragem vai ameaçar o património do Douro Vinhateiro.
Artigo | 5 Setembro, 2012 - 16:17

Para além dos ambientalistas, também os produtores de vinho do Porto temem que a barragem provoque danos irreversíveis à qualidade que levou séculos a construir. Foto Symington. “Gostaríamos que o Governo, depois de todo este processo junto da UNESCO e enquanto se aguarda a decisão final relativamente à classificação do Douro Vinhateiro como património mundial, de forma preventiva, suspenda a obra até pelo menos se saber qual o resultado dessa avaliação por parte da UNESCO” (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), disse à agência Lusa o presidente da associação Quercus, Nuno Saraiva, no final de uma audiência dos ambientalistas com Cavaco Silva, em Lisboa.

Na semana passada, o maior grupo produtor de vinho do Porto manifestou junto da UNESCO "a preocupação que a conclusão da obra poderá causar danos irreversíveis à região do Douro", nomeadamente à qualidade do vinho. O grupo Symington - dono de marcas como a Graham's, Cockburn's, Dow's, Warre's e Quinta do Vesúvio - tem propriedades junto à foz do Tua com "elevada reputação a nível mundial pela produção de alguns dos melhores vinhos do Porto", como a Quinta dos Malvedos e a do Tua, com "vinhas suportadas por socalcos de pedra que formam parte do trabalho de séculos que criaram a paisagem, única do Douro" e alerta para os danos irreversíveis que trará a construção da barragem da EDP.

“Estamos a falar de um impacto brutal, desde logo em termos sociais. Estamos a falar da degradação de um modo de vida, estamos a falar da afetação do vinho do Porto, que é a razão de ser do Alto Douro Vinhateiro, estamos a falar de um alto risco para a classificação do Alto Douro Vinhateiro como património da Humanidade, além de estarmos a falar de um enorme impacto ao nível patrimonial da destruição da linha do Tua e da destruição do vale do Tua, que é um dos ex-líbris da nossa paisagem”, afirmou João Joanaz de Melo, do Geota, à saída da audiência com Cavaco Silva, manifestando-se satisfeito com a reação de Cavaco.

Graciela Nunes, do Movimento de Cidadãos pela Preservação da Linha do Tua, disse à Lusa que “os cidadãos querem, a todo o custo, defender este património para serviço de transporte das populações e que é também um fator de desenvolvimento e de repovoamento da região”.

“Queremos que seja apelativo, que fixe as pessoas à região. Nós precisamos lá de gente dessa energia das populações. Sabendo que os comboios históricos são acarinhados por todo o mundo, por que não o são os nossos comboios?”, questionou.

Artigos relacionados:
Ambientalistas acusam Governo de enganar a UNESCO

fonte:

http://www.esquerda.net/artigo/ambientalistas-apelaram-cavaco-para-travar-barragem-do-tua/24487

mario carvalho disse...

http://www.cincoquinas.com/index.php?progoption=news&do=shownew&topic=44&newid=6318

Malcata revoltada com transvases da barragem do Sabugal para a da Meimoa Entrevista ao presidente da Junta de Freguesia de Malcata

CQ – A população de Malcata esteve sempre receptiva à construção da barragem?

VF – A população de Malcata teve uma bondade extrema em permitir a construção da barragem, sempre disponíveis, não criaram quaisquer problemas. Para além de termos perdido tudo aquilo que perdemos: Terrenos; Rio; Parque de lazer junto ao rio; Moinhos, Açude…Tudo isto e ainda estamos, neste momento, a ser tratados desta forma.

mario carvalho disse...

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=58679


Cabos de alta tensão provocaram fogo em Viseu
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8 de Setembro, 2012por Sónia Balasteiro e Joana Ferreira da Costa
A Viseu, o inferno chegou pela primeira vez este Verão e não deu tréguas: o fogo que começou segunda-feira e só foi controlado dois dias depois é considerado o maior dos últimos 30 anos. Um problema com um cabo eléctrico esteve na origem do incêndio. «O inquérito preliminar revelou que o fogo terá começado num cabo de alta tensão», revelou ao SOL fonte da Polícia Judiciária (PJ).
É o segundo incêndio deste Verão provocado por fenómenos pouco comuns: no final de Julho, foi a negligência de 12 trabalhadores da empresa CME, no parque eólico do Cachopo, em Tavira, que ateou as chamas que acabaram por consumir 26 mil hectares de mato e floresta naquela região do Algarve.

Esta semana, foi a vez do Norte e Centro do país, onde as chamas não deram tréguas a populações e bombeiros, alimentadas pela combinação de temperaturas elevadas, ventos fortes e acessos difíceis. Na quarta-feira, os dados provisórios das autoridades já estimavam quase 13 mil hectares de floresta ardida – que vêm somar-se aos 34 mil consumidos até 15 de Agosto.

Um dos mais violentos incêndios da semana – na terça-feira, dia em que 300 chegaram a estar activos por todo o país, o que obrigou Portugal a pedir ajuda à União Europeia – foi precisamente o de Viseu que, segundo as contas do autarca local, Fernando Ruas, consumiu três mil hectares de floresta, sobretudo pinhal e eucaliptal. No terreno, já com a ajuda dos quatro meios aéreos espanhóis e franceses, estiveram nove aviões e 503 operacionais.

A origem da maioria dos fogos que nestes dias devastaram a região Centro – de Ourém a Seia – ainda é desconhecida. E o que aconteceu em Viseu é caso raro: «Lembro-me só de outro caso semelhante, há sete anos, em Mortágua», diz fonte da PJ.

Nem a REN nem a EDP contabilizaram qualquer incêndio devido a problemas com cabos de média e alta tensão nos últimos anos. «Não temos registo de incêndios relacionados com a rede de distribuição», assegurou fonte oficial da EDP – que detém a maioria dos cabos de média e alta tensão no país.

A eléctrica nacional foi, aliás, uma das grandes lesadas pelos incêndios recentes: a EDP foi obrigada

mario carvalho disse...

http://noticias.sapo.pt/nacional/artigo/a24-cortada-devido-a-queda-de-cabo-de-alta-tensao_14955122.html

A24 cortada devido à queda de cabo de alta tensão