20 julho 2012

– Uma viagem à Casa da Moura i –



Quantas vezes viajamos à roda do nosso quarto ou caminhamos num repetitivo trajeto, porque andar é um imperativo que se nos exige face à vida sedentária, ao aumento de peso, aos valores altos da análise do colesterol e dos triglicerídeos, palavras tão medonhas, como outrora eram o mau-olhado e as pragas. Abrenúncio! 

Há aquelas caminhadas coletivas com planificações rigorosas: apoio médico, forças de segurança… que roçam a genialidade do estudo programado e dedicado ao físico: os metros percorridos, o número de passadas, o total de calorias gastas e a quantidade de líquidos que devem ser ingeridos.
Há aquelas outras que terminam com o estender do farnel recheado para partilhar à sombra e em ameno convívio e, valha-nos S. Gonçalo, repõem ainda mais calorias que as consumidas.
E então não se hão de programar caminhadas para os olhos? Porque há tanto que ver, descobrir e aprender em trajetos à volta deste concelho tão imensamente rico em património oral, arqueológico, monumental e paisagístico.
Os que podem, viajam para as praias, ou se o orçamento permite, para umas férias tropicais, de preferência nas Caraíbas, para desfrutar de águas tépidas, tempo esplêndido, destinos inesquecíveis, em suma, verdadeiros paraísos naturais que resultam, em aventura e prazer, algumas picadas de mosquitos e uns distúrbios intestinais. 

Pois, bom proveito! Ficamos por aqui a concordar com Garrett: “tenho visto alguma coisa no mundo, e apontado alguma coisa do que vi. De todas quantas viagens porém fiz, as que mais me interessam sempre foram as viagens da minha terra”. 

Pegamos o bordão de romeiro e toca a peregrinar pelos caminhos da minha terra em busca de histórias para contar. Caminhemos então, ou pedalemos ou seguramos o volante, bem mais cómodo, o preguiçoso se confessa, e partamos à descoberta para conhecer, aprender e fantasiar.

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