A única diferença entre a época de Carnaval e os restantes dias do ano em Portugal é que nesta época o país e a política fazem algum sentido. Ou seja, a palhaçada generalizada a que estamos habituados a assistir seja nos jornais, televisões ou em plena AR durante todo o ano, neste curto mas "divertido" espaço temporal, parece estar legitimada. "É Carnaval, ninguém leva a mal".
"Cerca de uma dúzia de manifestantes ligados ao movimento Geração à Rasca foram expulsos do local onde o secretário-geral do PS falava em Viseu, depois de terem interrompido José Sócrates..." TSF
O primeiro-ministro, no seu melhor Batatinha style, dirigiu-se a quem se encontrava na sala: "Temos de compreender, é Carnaval". Pois é, a manifestação era brincadeirinha, só faltaram as bombinhas de mau cheiro e uma chinesa a rebentar debaixo da cadeira de sua Exa., e dia 12 também vai ser tudo uma partida para distrair o primeiro-ministro. Até porque Portugal não tem problemas. Nem jovens, nem adultos e muito menos os idosos. Está tudo "porreiro, pá!" Anda é tudo na palhaçada a brincar com o Governo. Somos uns foliões pá!
Ninguém leva a mal o facto de termos um Governo decrépito, a agonizar e a respirar por uma palhinha ligado a um ventilador alemão desde que haja serpentinas. Ninguém leva a mal que tenhamos um líder da oposição que parece o "Ken" - o esposo de plástico da boneca Barbie mas ainda menos reativo às tomadas de posição do eng. Sócrates - desde que ele apareça com aquele ar de Dom Sebastião da Trafaria, à espera que o nevoeiro passe para poder pegar no seu cavalo branco e, finalmente, rumar à capital para resolver todos os problemas do país. Entretanto, e enquanto o cavalo permanece no estábulo, o país que se lixe. Passos Coelho é um José Sócrates mais aprumado, menos provinciano em início de carreira, mas tão oportunista como o primeiro. Deixemo-nos de ilusões. O PSD e o PS são serpentinas do mesmo saco, estalinhos do mesmo pacote. Páginas de uma mesma agenda.
A verdade é que este país é um Carnaval permanente. Uma triste alegria no meio da desgraça. Em Portugal todos os dias são dias de Carnaval. A única diferença está na meteorologia, que por acaso este ano nem ajudou muito. Imagino que tenha sido uma chatice para as meninas pudicas de alguns vilarejos que aproveitam este dia para aparecer a saltar em cima de uma Toyota Dyna com a mesma roupa que vieram ao mundo, numa espécie de cio generalizado espalhado entre confettis, o João Baião e música abrasileirada foleira.
Se para o comum dos mortais se costuma dizer "é Natal quando um homem quer", para a política portuguesa é Carnaval quando eles querem. E eles, os políticos que temos, fazem questão que seja constante, há muitos anos. A palhaçada segue dentro de momentos.
Página do 100 Reféns no Facebook, apareça que faz falta: http://www.facebook.com/?ref=logo#!/pages/Blogue-100-Refens/144947845566183
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A única diferença entre a época de Carnaval e os restantes dias do ano em Portugal é que nesta época o país e a política fazem algum sentido. Ou seja, a palhaçada generalizada a que estamos habituados a assistir seja nos jornais, televisões ou em plena AR durante todo o ano, neste curto mas "divertido" espaço temporal, parece estar legitimada. "É Carnaval, ninguém leva a mal".
"Cerca de uma dúzia de manifestantes ligados ao movimento Geração à Rasca foram expulsos do local onde o secretário-geral do PS falava em Viseu, depois de terem interrompido José Sócrates..." TSF
O primeiro-ministro, no seu melhor Batatinha style, dirigiu-se a quem se encontrava na sala: "Temos de compreender, é Carnaval". Pois é, a manifestação era brincadeirinha, só faltaram as bombinhas de mau cheiro e uma chinesa a rebentar debaixo da cadeira de sua Exa., e dia 12 também vai ser tudo uma partida para distrair o primeiro-ministro. Até porque Portugal não tem problemas. Nem jovens, nem adultos e muito menos os idosos. Está tudo "porreiro, pá!" Anda é tudo na palhaçada a brincar com o Governo. Somos uns foliões pá!
Ninguém leva a mal o facto de termos um Governo decrépito, a agonizar e a respirar por uma palhinha ligado a um ventilador alemão desde que haja serpentinas. Ninguém leva a mal que tenhamos um líder da oposição que parece o "Ken" - o esposo de plástico da boneca Barbie mas ainda menos reativo às tomadas de posição do eng. Sócrates - desde que ele apareça com aquele ar de Dom Sebastião da Trafaria, à espera que o nevoeiro passe para poder pegar no seu cavalo branco e, finalmente, rumar à capital para resolver todos os problemas do país. Entretanto, e enquanto o cavalo permanece no estábulo, o país que se lixe. Passos Coelho é um José Sócrates mais aprumado, menos provinciano em início de carreira, mas tão oportunista como o primeiro. Deixemo-nos de ilusões. O PSD e o PS são serpentinas do mesmo saco, estalinhos do mesmo pacote. Páginas de uma mesma agenda.
A verdade é que este país é um Carnaval permanente. Uma triste alegria no meio da desgraça. Em Portugal todos os dias são dias de Carnaval. A única diferença está na meteorologia, que por acaso este ano nem ajudou muito. Imagino que tenha sido uma chatice para as meninas pudicas de alguns vilarejos que aproveitam este dia para aparecer a saltar em cima de uma Toyota Dyna com a mesma roupa que vieram ao mundo, numa espécie de cio generalizado espalhado entre confettis, o João Baião e música abrasileirada foleira.
Se para o comum dos mortais se costuma dizer "é Natal quando um homem quer", para a política portuguesa é Carnaval quando eles querem. E eles, os políticos que temos, fazem questão que seja constante, há muitos anos. A palhaçada segue dentro de momentos.
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