Começo com este poema de Luís Pacheco
“ Como cães de festim, vis e rasteiros,
de cauda pertinaz batendo a mosca,
atordoam políticos rafeiros
a sã testa do povo, embora tosca.”
Foi um fartar vilanagem. E tudo se consentiu a pretexto da santa ignorância, da tradicional submissão ao poder, da cegueira endémica dos medrosos, da ancestral subjugação ao jugo.
Ainda constou recentemente que iria ser estimada a culpa dos que mais contribuíram para o “longa noite”. Houve quem garantisse que iria ser requerida umas sindicâncias às contas públicas. Mas já ninguém acredita que haja coragem para tanto. Afinal a culpa é de todos.
Como foi possível consentir-se tanta vilanagem!? Tanta pantominice!? Tanto desaforo!? Eu fui uma das testemunhas. Desempenhei mal o papel da criança que diz: “ o rei vai nu”. Ninguém acreditou. È por isso que não estou em paz comigo. Sou dos que não se conformam com a ideia de esquecer e absolver os principais culpados da “herança” que agora temos de suportar.
A jactância e a sobranceria atingiam tal desaforo que em muitas ocasiões, em vez de chorar, me apetecia rir às gargalhadas Quem não recorda o caricato do pagamento do aluguer de andores para fazer procissões!? Quem não se recorda do modo como se procedia aos concursos de admissão de pessoal!? Todos sabiam com antecedência a quem caberia a sorte. Uma vez até entrou um engenheiro que ainda não o era. Outra vez ainda tentaram concorrer para cargos da sua competência, deficientes físicos, sem sucesso. E aquela do funcionário, que era ao mesmo tempo decisor dos veículos a reparar e, cá fora, punha a sua empresa o fazer o serviço!? Uma vez dei-me conta que a proposta de reformulação do organigrama dos serviços da Câmara Municipal copiava a da Câmara Municipal de Beja. O esquema foi aprovado e temos assim um organigrama com a mesma hierarquia e funcionários de uma Câmara de cidade. Quem não se recorda das reformas compulsivas para se arranjar vagas para outros entrarem!?
A ronha, a matreirice a prepotência campearam, com a tolerância da grande maioria. È justo recordar aqui alguns, poucos, que tiveram a coragem de lutar contra o sistema e por isso foram renegados, sofreram a marginalização social e física. Eram os Tinhosos, aqueles com quem não convinha a associação, sob pena de conotação com estes. Eram os vermelhos, os comunistas, os lunáticos. Tive o grato prazer de conhecer e me tornar amigo de alguns. Assim pude conhecer a pureza dos seus ideais, e a nobreza dos seus princípios. Pude também testemunhar a sua condição de renegados quando os vi perder concursos, serem preteridos na prestação de trabalho, serem humilhados e menosprezados na sua disponibilidade para contribuir para a causa pública. Neste meu gesto de reconhecimento pessoal e para que fique o registo, recordo o nome de alguns da minha lembrança, estando muitos ainda vivos. O Senhor Adolfo do Amêdo a quem inclusive morreu um filho militar, na Guerra do Ultramar; O Senhor Pinheiro dos Pereiros; O Senhor Fernando Baltazar; O Senhor Victor Lopes; O Velho Senhor Rui Menezes Pimentel e posteriormente o filho; O Sr. Carlos Manuel Fernandes e antes o pai; O Doutor Orlando de Carvalho; Os Saudosos Alexandrino Rainha e Doutor Fernando Pereira, etc.
Num momento da nossa história em que a deriva da gestão pública nos aproxima agora da derrocada económica e financeira, que ao menos nos fique na recordação a luta inglória de alguns isolado, que acreditaram e lutaram por uma sociedade mais igual, menos discrepante e mais solidária.
37 comentários:
A MÃO QUE EMBALA O BERÇO !!! MJ
Estimado Professor HELDER CARVALHO tudo o que o SR disse é a verdadde nua e crua dos factos,só que há uma coisa que talvêz o SR ainda não saiba que é que alguém ainda lá ficou para fazer a alguns desses resistentes aquilo que outros tiveram medo de fazer,não só na Câmara Municipal mas também em outros locais onde trabalham funcionários que pertenciam e pertencem à CÂMARA MUNICIPAL.
se não for você, helder, isto parece um cemitério. será que teremos de ler o blogger ao lado?
Algures aqui pelos blogs pode ler-se: presidente da câmara deixa cair central de camionagem, deixa cair parque de campismo, deixa cair polidesportivo, deixa cair mercado, deixa cair centro cultural, deixa cair variante, deixa cair S. Lourenço (parece que vai lá impingir um pre-fabricado para pombalenses verem), deixa cair hotel, deixa cair abertura das piscinas cobertas em 2010, etc., afinal,o que é que os pobres carrazedenses lucraram com a eleição de um presidente da junta? nada, como aliás se previa. E a agravar isto, mantém-se nos serviços a mesma comandita anterior, ignorantes como sempre, mas petulantes, a esfregar as mãos de contentes. Assim, qualquer um pode ser presidente, mantendo os vassalos e deixando passar tranquilamente os dias.
L
Parabéns meu caro amigo Hélder de Carvalho pelo excelente trabalho que nos apresenta. De tudo aquilo que está nele bem explícito, talvez por lapso, não referiu as pessoas que, sabendo de mais, foram sempre as mais "marginalizadas" e "prejudicadas" em termos profissionais e materiais por aqueles que dirigiram os destinos do nosso concelho, de uma forma incompetente.
Por tudo isto, direi tão somente que, a mensagem do texto é o espelho daquilo que alguns incompetentes, ditos "arautos do saber" (que de saber, não sabem nada!) nos legaram nos últimos vinte anos.
Cumprimentos
LVS
INCRIVELMENTE VERDADE!
Caríssimo escultor:
Do meu ponto de vista,o senhor tem alguma razão mas não toda.
Escrevendo com paixão(como neste caso), até me parece que consegue uma escrita mais perfeita.
Algumas pessoas de que fala como exemplos,sendo boas pessoas, nem por isso são(ou eram)suficientemente serenas,objectivas e clarividentes.
Muito do que aponta há-de passar-se sempre e nem tudo é tão mau assim.
E porque não esquecemos o passado e tratamos apenas do presente,que pode dar tanto que pensar e fazer?
Já se tem lavado tanta roupa suja,que não sei em que é que os tribunais poderão ajudar nessa lavagem.
JLM
Ler o do lado nada adianta, afinal nada se aprende...
Contra o PS, lutar, lutar, e que o CDS, PCP e BE nos ajudem!
Bom, falando sobre esta opinião do Senhor Professor Helder Carvalho, nem sei bem como lhe expressar a minha concordância com o exposto!
É revoltante e muito incomodativo para uma sociedade como a nossa, constatar o que sempre foi óbvio.
Pode parecer exagerado mas não é!
Pode parecer haver aqui uma remoçada má vontade para com os visados, mas para quem conheceu estes problemas, mesmo não os vivendo,estas prepotências, certamente avisadas, não pode deixar de estar mais de acordo.
Falar delas não é demais, quando mais não seja, para que outros chefes ainda existentes, tenham algum cuidado com o lume em que se vão aquecendo!
Gostei muito do postal do Sr. Helder Carvalho. Quando o li, reli várias vezes esta frase: "Quem não se recorda do modo como se procedia aos concursos de admissão de pessoal!?" Seria bom que esta citação fosse mais desenvolvida. Se assim fosse, talvez ficássemos a conhecer melhor as aquisições que a "Casa Branca" fez e o perfil dos nomeados e dos nomeadores que as indigitaram.
Há coisas que, infelizmente, não compreendo. Mas, agora sim, fico a saber que o Organigrama da C.M. de Carrazeda de Ansiães é cópia da do distrito de Beja. Neste caso, depreendem-se as razões por que se dispende tanto capital em despesas de pessoal em detrimento de investimentos de obras e de outras infraestruturas indispensáveis ao bem-estar dos munícipes deste concelho. É tempo de se mudar do rumo que esta politica tem prosseguido, dos autores que a aplicam e dos fins que ela visa.
Olho Vivo
Afinal as finanças da praça de Carrazeda, estão de boa saúde.
Não havia SECRETÁRIOS, agora já há. Não havia ADJUNTA, agora já há.
Será verdade ou pura fantasia? Esperemos para ver o que o futuro nos diz.
Atento
Sabe Senhor Professor, esses senhores não nasceram para governar o que quer que fosse,porque afinal eles eram, outros são autênticas criancinhas que o que queriam e querem é umas festinhas,um colinho e sabe-se lá mais o quê, enfim, são birras de crianças carentes,tanto assim era e é que o que eles querem é uns brinquedos para se entreterem.
Que esperem pelo Natal e quem sabe o MENINO JESUS não lhe fará alguma surpresa!!!
O Senhor JLM, julgo que se trata do Sr. Dr. João L. Matos do Seixo...
pessoa que me parece muito inteligente e comedida por tudo quanto escreve, parece-me em muitos casos que realmente demonstra também querer ser apaziguador destes conflitos escritos...
Talvez porque se trata de pessoa que nunca viveu sob a "pata" destes malandrins...
Conheceu muito mundo, princialmente conheceu e habituou-se a, num patamar distante do nosso, a desculpar facilmente...
Porque nunca precisou de coisa nenhuma destas "bestas"...
Sim, se tivesse sofrido na pela as prepotências, as alarvadas destes indivíduos que fazem de nós uns labregos...
Talvez, talvez fosse mais paciente com os que desabafam sem fim os seus queixumes...
Que só desabafando, iremos acalmando os "odiozinhos" e odiozinhos porque realmente têm de ser passageiros...
Mas deixe-nos pôr um pouco da nossa alma cá fora, sem restrições e falsos moralismos!
Temos visto passar, mas muito devagar, transeuntes colonizadores como um tal Zé Pestana que havia de ser de Moncorvo, para por compadrio lhe ser dada uma casa na Rua Amaro da Costa, embolsando uns milhares de contos...
Que havemos de dizer de um Presidente da Câmara que tal permitiu?
Recentemente mandou-se embora um Chefe de casa, (por incrível processo disciplinar a pedido, porque inventado como muito bem diz H. Carvalho) para colocar no seu lugar outro transeunte, desta vez Macedense, num claro compadrio do anterior Presidente...
A ponto de este só poder aceitar porque foi-se a Beja buscar o modelo de Câmara de cidade, sem olhar aos desgraçados que financeiramente somos...
O que quer o Sr. Dr. L. Matos que se diga destas barbaridades, destas autênticas afrontas ao povo Carrazedense?
Os milhares de contos gastos com estes finórios, sem necessidade absolutamente nenhuma, contraria clara e inequivocamente a postura deste novo presidente que não paga aos secretários, MAS enche os bolsos aos chefes dos departamentos inventados e copiados por Beja...
Se não fosse departamento o finório não aceitava...porque a massa era pouca...
Se coisa boa fosse de Macedo não sairia!
Carrazeda aguenta tudo...
E tudo desculpa, como JLM...
PORRA!
Caro JLM:
Concordo consigo na sua visão de arregaçar as mangas.
Só que esta sua visão não pode apagar a dor de quem foi prejudicado, calcado e até humilhado em aspectos profissionais e até pessoais.
O Professor Helder focou alguns nomes e compreendo que seria maçador associar-lhe as historias porque se assim fosse o JLM talvez escrevesse de mãos postas.
Se alguém aqui ou ali o fizer o Dr. ficará a perceber a revolta daqueles...
Ateu
Digníssimo Doutor
Começo por lhe prometer que vou continuar a usar a paixão que me sobra, para que aprecie mais a minha escrita. Mas imagine que nas minhas considerações Vossa Excelência era um dos atingidos? Imagine que, como cidadão interventor, lhe era também assacada a responsabilidade de por exemplo ter consentido, sem o denunciar uma qualquer deturpação. Afinal temos ou não todos culpa?
Ou então imagine-se por exemplo como um humilde funcionário de um Município onde apesar de mais competente, visse outros ultrapassa-lo só porque tinham mais “lindos olhos”. Conseguia ver-se reduzido a vegetar uma vida na condição de mísero “mangas-de-alpaca”!
Ambos damos graças por ter sobrevivido à opressão. Talvez nos custe menos absolver e possamos até fazer de moralistas. O problema é que eu acho que também nos chegará agora a nós a factura para pagar. Vossa Excelência, com as suas cândidas apreciações, parece-me mais optimista.
Nunca é demais relembrar aquilo que a direita política e seus responsáveis directos fizeram para matar o nosso concelho e afastar sempre os seus legítimos opositores da forma mais vil e cobarde. Força HC! A (nova) esquerda está contigo!
PS
O nosso Joly apesar de reformado continua a mexer os cordelinhos na casa branca...E as ordens do actual presidente, eleito por sufrágio, não chegam a ser executadas!! Enquanto não rolarem as cabeças de alguns directores vai continuar tudo na mesma...
Caríssimo escultor:
Sabe como eu costumava agir na minha burocracia?
Quando algo estava mal ou menos bem(do meu ponto de vista,claro),eu deixava passar para não perder tempo(a celeridade era,para mim,um bem precioso)e avisava logo:por agora serve assim,mas na próxima vez quero isto muito melhor.
Em Carrazeda,muitas coisas já não têm remédio e,por isso,não vale a pena perder tempo com elas.Mas,de futuro,tem de se actuar bem melhor.
Sabe,não tenho feitio justiceiro(ou justicialista).Não acredito que a justiça resolva grande coisa,por ser uma actividade só virada para o passado,que já nada remedeia.Acreditando que o céu exista,acho que Deus nos vai dizer:A vida foi tão curta,o que fizestes nada significa perante a eternidade no paraíso celeste.Esqueçamos tudo.Vamos,agora,todos construir, em conjunto, uma VIDA ETERNA MELHOR.
Como vê,sou bem mais cândido e otimista do que me fazia.
JLM
Ainda Mais – Caro Doutor
Invejo-lhe a sua paz de espírito.
Julgo que estamos a confundir juízo com justiça. Realmente tenho clamado por justiça mas, apenas me limito a fazer os meus julgamentos, já que não tenho condição de ministrar justiça. No que respeita a julgar, registo também da sua parte os juízos que faz sobre algumas das personalidades que eu havia citado, a apreciação que fazia do trabalhos dos seus subordinados e o entendimento que tem de que em Carrazeda muitas coisas já não têm remédio. Ajuizar é também avaliar. Aqui parece que estamos de acordo. Pelos vistos só diferimos no modo como encaramos as responsabilidades quando se trata de punir quando se erra.
No caso concordará também comigo. Os factos a que nos referimos não nos marcaram directamente a pele. Por isso nos é mais fácil exibir candura, optimismo e até esquecer a justiça.
Agradeço-lhe o encorajamento para que olhe para o futuro e esqueça o passado. Vossa Excelência já percebeu como eu estou medroso. È que me vão faltando as forças para sustentar a cambada.
Novamente:
Quero aqui,e para começar,expressar-lhe o meu desagrado por me tratar por excelência.Nunca me senti excelente em nada e penso que usa a palavra com ironia,o que me desgosta.
Realmente,julgar é punir,quando se tem culpa.Mas esta é duvidoso que exista na maioria dos casos.Tanto é assim que Jesus até pediu a Deus(Ele-Próprio),quando os homens lhe faziam muito mal:-Perdoai-lhes,Senhor,que não sabem o que fazem.
Se Jesus perdoava a quem lhe fazia mal,muito mais fácil é a nós (que não sofremos qualquer dano - nisto lhe dou razão)perdoar(eu preferia usar a palavra esquecer).
Não vê o tempo perdido no caso,por exemplo, da Casa Pia?
Se calhar,para toda a gente teria sido melhor ter esquecido.
Por outro lado,a vingança,o azedume,envenenam-nos a alma e nós corremos o risco de nos tornarmos pessoas sem bons sentimentos,em especial,sem generosidade.
Por isso,é que eu digo:vamos remediar as coisas,na medida do possível e evitar que alguém cometa os mesmos erros.
A justiça serve,se for célere, para resolver e esquecer,passando adiante.Se não for rápida,não tem efeito útil algum.
JLM
O senhor JLM, apesar de se dizer agnóstico, parece um autêntico padre a falar, cheio de moralidades e canduras. Tivesse ele sofrido na pele as agruras de ser opositor aos anteriores executivos camarários e seus algozes e ignorantes acólitos, gostaria de ver se mantinha os seus brandos costumes aqui plasmados.
PR
Caro Dr.
Sua Senhoria é daqueles que parece acreditar numa 2ª descida de Cristo à Terra...
Compreendo, pois Aquele foi o único que depois de levar a lambada dum lado ofereceu sem remorsos, o outro...
Por aqui a "coisa" é bem terrena!
Ateu
Caros:
Muito provavelmente,os senhores afirmam-se católicos,portanto,defensores,além dos preceitos da Santa Madre Igreja,dos preceitos pregados por Jesus e plasmados(como diz PR)nos Evangelhos.
O Ateu não acredito que o seja,pois oficialmente não há em Carrazeda ateus,a não ser que,como eu,viva a maior parte do tempo fora dessa santa terrinha(embora eu seja,não ateu,mas agnóstico).
Se assim é(e acredito que o seja),porquê ficarem admirados com a minha invocação de certos princípios cristãos?
Além disso,todos tivemos formação cristã e é natural que muito do que é cristão permaneça nos nossos espíritos.Termino:
Sejamos bons de coração porque destes é o reino dos céus.
JLM
o dr. joão anda enganado. olhe que não! todos os citados pelo escultor são homens de carácter, nada polémicos, e por ex. se fosse o dr. orlando no lugar do dr. eugénio tudo teria sido diferente para melhor!
Caro Senhor Doutor
Não sei porquê, mas só consigo aceitar lições moralistas de minha mãe. È por isso que em certas circunstâncias me torno jocoso. Mas não quero deixá-lo triste. Concordo consigo quando conclui que é melhor esquecer. Tenho dúvidas sobre, se a decisão de esquecer me dá a imagem de mais generoso. Eu que até pensei que, denunciando o errado aparentaria generosidade – lembrava os que sofriam as consequências dos erros.
O Senhor trouxe à coação um bom exemplo, para sustentar a sua argumentação.
Registo a sua solução para acabar com os nossos problemas de justiça. Atendendo á gravidade de que este problema se reveste para alguns de nós, possivelmente será consultado para ajudar a convencer os atingidos de que a melhor solução é esquecer.
Realmente assim nem seria preciso perdoar.
Um abraço do Amigo
Hélder de Carvalho
Caro escultor:
Continuo apenas com uma dúvida:não sei,verdadeiramente,qual de nós é mais moralista.
JLM
Enquanto s SR.JLM entende o caso à maneira dele,o ESCULTOR HELDER CARVALHO fala com conhecimento de causa.Invertamos os casos, ponha-se o SR JLM no lugar dos citados e depois veja o que sentia.
Esses renegados como diz e bem o SR ESCULTOR "são mais sociais democratas que qualquer um que seja filiado no PSD,a grandeza do seu carácter falou sempre mais alto, razão porque nunca se venderam ou mudaram a casaca,porque também aqui esses mesmos valores falaram sempre mais alto.
Como acha o SR JLM que devemos analisar esta parte do têxto?.Esses renegados e para que saiba nunca estiveram na politica para dela se se servirem para proveito próprio, mas sim para defender muitas vezes os mais fracos.Espero que entenda bem isto.
Permita-me que lhe deixe aqui respeitosos cumprimentos SR JLM.
A diferença parece residir no facto de eu entender que todos nós temos aspectos mais positivos e aspectos menos positivos ,enquanto outros acreditam em pessoas absolutamente inatacáveis.
Cada um tem direito às crenças que entender.
Os meus respeitosos cumprimentos também.
JLM
Caro Senhor Doutor
Temos que nos juntar par dissecar melhor os conteúdos.
Importa concluir sobre qual dos dois é o que prega e o que actua moralmente.
O meu assombro vai para a sua argumentação quando propõe o perdão. Com jeito uma das soluções que poderá propor subjacente à sugestão do esquecimento pode procurar-se no ideário cristão de que haverá um Inferno ( julgo que já não há um Purgatório) para que, os que pecarem venham a espiar os seus erros, na outra vida.
No seguimento espero que aos dois esteja destinado o Céu.
Até lá vou ver se consigo ir a Fátima conhecer os Pastorinhos. Diz aqui ao lado um amigo comum que o Senhor, vivendo perto me pode falar da mistica do lugar e ao que parece,do poder de influência que esta mistica tem.
Caros comentadores, se o texto é de facto puro, não dúvido bem como o facto de ter tido conhecimento de muitas destas situações e até as vivi no núcleo familiar.
Só julgo que dos "Velhos" não reza a história, por eles de certeza que ainda passa o nosso presente.
Sejam eles aqueles que Helder Carvalho mencionou, que por muitos outros ainda que cá estão, pois quando nós mais novos precisamos é destes "VELHOS" que nos valemos.
Helder Carvalho quando tiver opurtunidade pessolamente lhe transmitirei o meu espirito de agradecidmento por aquilo que aqui publicou.
Estarei sempre presente nesta grande familia que é a de Carrazeda.
Gosto muito da minha que claro é a minha, mas a minha segunda é sempre os amigos e os Carrazedenses, pois com muitos daqueles que mencionou e muitos outros que não presumo esquecidos e como referiu na mensagem postada, aprendi muito para a vida.
Não posso aqui deixar de lembrar uma outra pessoa que muito ajudou a população de Carrazeda, mas que por vezes não compreendido, o Dr. Morais, que me veio agora á memória, por ter feito tanto profissinalmente por muita gente, mas mais há.
Recorda-me também que deveria-mos começar pelo nosso inicio, invocar aqueles que num passado histórico eram oriundos desta Nossa Terra, como Lopo Vaz de Sampaio, que já têm direito a uma devida homenagem, pois passados os 500 anos do último Foral é uma homenagem devida a quem levou mais longe o nome desta nossa querida Terra.
M.Fernandes.
Caríssimo:
Desculpe,mas mais que perdoar,eu esqueço.Poder para perdoar tem Deus,que também é incapaz de esquecer, porque permanentemente tudo sabe e não consegue esquecer. Uma limitação de Deus,afinal.
Tem toda a razão:Vou facilmente a Fátima.Há um mês até fui lá sem querer, pois encontrei-me em frente à portagem da A-1,em Leiria,e para voltar para trás não tive outro remédio senão ir a Fátima e regressar pela estrada nacional.
Disseram-me na altura que aproveitasse para rezar pelo menos uma Avé-Maria,mas nem isso fiz porque me esqueci.Como vê,esqueço-me com muita facilidade.
Já fui a Fátima,levado por más companhias, apenas para comer, porque há lá muitos e bons restaurantes e há quem veja em Fátima um local bom para comer.Ele há gente capaz de tudo.
Quanto a irmos ambos para o céu, não tenho grandes dúvidas porque somos ambos muito bonzinhos.
JLM
Caro DR JLM surpreende-me totalmente a sua opinião sobre o caso que vem do artigo postado por HC onde ele põe a nu as situações que se passavam e que só aconteciam com pessoas ditas DO CONTRA.
Ora sendo assim, se o 25 de ABRIL foi feito para pôr fim a uma ditadura e para que TODOS pudessem defender o seu ideal politico com total liberdade o DR acha correcto que aqueles que o fizeram e fazem sejam condenados e alvos de persseguição?
Dá-nos lições de CRISTIANISMO,de perdão etc será que o DR é assim tão parecido com CRISTO?.
Seja realista e aceite as coisas tal como HC AS DESCREVEU, porque essa a VERDADE do que se passava e ainda passa na CÂMARA DE CARRAZEDA e ate acredito que o mesmo que o mesmo se passe noutras.
Enfim,se isto é viver em Democracia Salazar está perdoado por tudo o que a ANTIGA PIDE POR ELE CRIADA FÊZ DURANTE A DITADURA.
Caro escultor:
Por muito que argumente,parece que desta vez não tenho outro remédio que não seja reconhecer que a sua argumentação é mais convincente que a minha.É que não apareceu ninguém a dar-me razão.
Reconheço que V.Exª mudou muito desde outros tempos ,pois,logo a seguir ao 25/4, o seu lado da barricada não era o que agora defende.
JLM
Caro Senhor Doutor João de Matos
Porque não nos cumpre perdoar já que”… para perdoar tem Deus”, chegados aqui, só faltará identificar o que é para esquecer. Quanto mais não seja, para que, no limite, não nos esquecemos de que existimos.
Assim proponho-lhe como sugestão que lancemos os dois uma rubrica com o título
– “ Esqueça que…”.
Identificaríamos as acções maléficas e propúnhamos o seu esquecimento. Seria um acto de purificação e um modo de tentar o convencimento de outros que nos lessem. Claro que poderíamos propor de cada vez, a ideia da “ Avé-Maria”, pela alma dos que pecaram, mas também me parece que é pedir demais.
Sobre conhecer a gastronomia de Fátima, aceito o desafio, se é esse o desafio. Não importa se for à mesa que vou sentir a mística que converte e conduz ao Céu.
Não tive oportunidade de lhe remeter esta réplica a tempo pelo que lhe respondo já ao post que entretanto me envia.
Dá conta de que mudei de barricada depois do 25/4. Será que me observou anteriormente alguma tara fascizante? Possivelmente haveria muito boa gente que gostaria de a conhecer, aqui onde se despem as “almas” boas ou más. Para mim a questão é mesmo a dos princípios. E como sabe não preciso de estar acompanhado para defender os meus. Não me deixe triste com a sua argumentação.
Caro escultor:
Eu não disse que mudou de barricada depois do 25/4.Eu disse que depois do 25/4 teve uma barricada e agora tem outra.Longe de mim pensar em tratá-lo como disse ,até porque desconheço em absoluto a sua postura anterior ao 25/4.
JLM
Caro Senhor Doutor João de Matos
Vai longa a conversa. Há que lhe dar um fim. O tempo ajuda a esfriar, para melhor se ponderar. Da minha parte fica a convicção de que estou próximo da razão, a minha razão.
Não julgo que se deva esquecer, já que as consequências hão-de vir, para prejudicar os que já antes sofreram. Não havendo emenda a assumpção dos erros e a sua expiação, purificam e trazem de novo o direito a ser-se com dignidade. Não julgo que o Senhor Doutor esteja muito longe do que eu penso. Se o caso é pessoal, aí sim temos o direito de julgar por nós.
Na última intervenção sua, observei mal a questão da data. As minhas desculpas. Mas não se trata de definir barricadas, antes de procurar em qual delas se encontra a nossa razão.
Em conclusão digo que me foi gratificante fazer estes desabafos. Pena é que, porventura me tenha excedido, mormente no tom. As minhas desculpas já que me merece consideração, pelas suas qualidades humanas, que sei que são sinceras.
Enquanto for capaz, manterei a intervenção cívica que puder, sempre que esteja em causa a coisa pública. È para aí se esfumam os impostos que pagamos.
Importa-me pouco que a minha intervenção possa parecer idêntica à de um D. Quixote em defesa de Dulcineias.
Tudo está bem quando termina bem.
Ainda havemos de ter outras discussões sobre outros assuntos.
Com consideração
JLM
... e depois casaram e tiveram muitos filhinhos...
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