Linha do Tua: Suspensão adiada, REFER E LNEC têm uma semana para criarem condições
Bragança, 14 Mar (Lusa) - O Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT) deu uma semana à REFER e ao LNEC para providenciarem as condições necessárias de segurança à circulação na linha do Tua, disse hoje à Lusa fonte daquele organismo.
tamanho da letra ajuda áudio enviar artigo imprimir O IMTT decidiu desta forma adiar a Instrução Complementar de Segurança (ICS) datada de hoje, que determinava a interdição da circulação em parte da linha, a partir de Domingo.
O documento, a que a Lusa teve acesso, foi enviado hoje à REFER, a proprietária da infra-estrutura, ao LNEC, o responsável pelos estudos de segurança, e ao metro de Mirandela, que assegura o transporte ao serviço da CP.
A entidade que supervisiona o sector, ordena que "fica interdita à exploração ferroviária o troço da linha entre a Brunheda e a estação do Tua", com data de entrada em vigor a 16 de Março.
O troço em causa reabriu há um mês e meio, depois de estar encerrado durante quase um ano devido ao acidente que matou a 12 de Fevereiro de 2007 três ferroviários.
A linha foi intervencionada e o IMTT deu uma licença provisória de circulação que termina a 15 de Março, no sábado.
De acordo com a ICS, esta decisão foi tomada por "não se encontrarem concluídos os estudos que permitam o estabelecimento de um regime de circulação" diferente do que vigora desde a reabertura.
A circulação entre a Brunheda e a Estação do Tua está a feita no chamado regime de "marcha à vista", a uma velocidade que permita ao maquinista parar perante qualquer obstáculo.
A velocidade imposta ronda em média os 30 quilómetros/hora, pouco menos que a normal nesta linha que é de 45 quilómetros/hora.
A ICS do IMTT ordena a interdição deste troço e a adopção da marcha à vista entre o apeadeiro da Ribeirinha e a Brunheda.
Pouco tempo depois de ter divulgado esta decisão, o IMTT decidiu adiar a sua execução por uma semana, e prorrogar pelo mesmo período o prazo para a REFER e o LNEC "providenciarem os requisitos necessários à circulação e operacionalidade da linha".
Depois de ter dito à Lusa que a CP iria cumprir a decisão da entidade de supervisão, o Gabinete de Imagem e Comunicação da empresa veio dizer que "não está prevista qualquer alteração na circulação".
O gabinete de imagem e comunicação da REFER disse também não ter indicações de que a circulação vai ser suspensa.
Já o presidente da Câmara de Mirandela e do metro, José Silvano, confirmou ter recebido a ordem do IMTT, mas remeteu declarações para segunda-feira.
Quem reagiu de imediato foi a coordenadora dos afectados pelas grandes barragens e transvazes (GOAGRET), que tem protestado contra a construção de uma barragem no Tua que vai submergir parte da linha.
Num documento enviado à Lusa, a GOAGRET, pede que se "toquem os sinos a rebate" contra o que considera "o fim da linha do Tua".
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Linha do Tua: Suspensão adiada, REFER E LNEC têm uma semana para criarem condições
Bragança, 14 Mar (Lusa) - O Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT) deu uma semana à REFER e ao LNEC para providenciarem as condições necessárias de segurança à circulação na linha do Tua, disse hoje à Lusa fonte daquele organismo.
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O IMTT decidiu desta forma adiar a Instrução Complementar de Segurança (ICS) datada de hoje, que determinava a interdição da circulação em parte da linha, a partir de Domingo.
O documento, a que a Lusa teve acesso, foi enviado hoje à REFER, a proprietária da infra-estrutura, ao LNEC, o responsável pelos estudos de segurança, e ao metro de Mirandela, que assegura o transporte ao serviço da CP.
A entidade que supervisiona o sector, ordena que "fica interdita à exploração ferroviária o troço da linha entre a Brunheda e a estação do Tua", com data de entrada em vigor a 16 de Março.
O troço em causa reabriu há um mês e meio, depois de estar encerrado durante quase um ano devido ao acidente que matou a 12 de Fevereiro de 2007 três ferroviários.
A linha foi intervencionada e o IMTT deu uma licença provisória de circulação que termina a 15 de Março, no sábado.
De acordo com a ICS, esta decisão foi tomada por "não se encontrarem concluídos os estudos que permitam o estabelecimento de um regime de circulação" diferente do que vigora desde a reabertura.
A circulação entre a Brunheda e a Estação do Tua está a feita no chamado regime de "marcha à vista", a uma velocidade que permita ao maquinista parar perante qualquer obstáculo.
A velocidade imposta ronda em média os 30 quilómetros/hora, pouco menos que a normal nesta linha que é de 45 quilómetros/hora.
A ICS do IMTT ordena a interdição deste troço e a adopção da marcha à vista entre o apeadeiro da Ribeirinha e a Brunheda.
Pouco tempo depois de ter divulgado esta decisão, o IMTT decidiu adiar a sua execução por uma semana, e prorrogar pelo mesmo período o prazo para a REFER e o LNEC "providenciarem os requisitos necessários à circulação e operacionalidade da linha".
Depois de ter dito à Lusa que a CP iria cumprir a decisão da entidade de supervisão, o Gabinete de Imagem e Comunicação da empresa veio dizer que "não está prevista qualquer alteração na circulação".
O gabinete de imagem e comunicação da REFER disse também não ter indicações de que a circulação vai ser suspensa.
Já o presidente da Câmara de Mirandela e do metro, José Silvano, confirmou ter recebido a ordem do IMTT, mas remeteu declarações para segunda-feira.
Quem reagiu de imediato foi a coordenadora dos afectados pelas grandes barragens e transvazes (GOAGRET), que tem protestado contra a construção de uma barragem no Tua que vai submergir parte da linha.
Num documento enviado à Lusa, a GOAGRET, pede que se "toquem os sinos a rebate" contra o que considera "o fim da linha do Tua".
HFI.
© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
2008-03-14 21:00:01
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