04 novembro 2007

Região Norte e Sul distanciam-se

A Região Norte manteve-se, entre 1990 e 2003, como a região do país com a mais baixa remuneração média anual

A sub-região do Grande Porto até conseguiu, quer em 1991 (cerca de 120) quer, mais modestamente, em 2003, índices superiores aos da média nacional. Mas todas as outras sub-regiões, Tâmega, Alto-Trás-os-Montes, Minho-Lima, Douro, Cávado, Ave e Entre Douro e Vouga ficaram muito abaixo do índice 100 e arrastaram o PIB per capita da Região Norte para o fundo da tabela.

Os resultados do projecto de investigação A Região Norte de Portugal: dinâmicas de mudança social e recentes processos de desenvolvimento vão ser apresentados amanhã numa sessão pública. Marcada para as 10h00, no Anfiteatro Nobre da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, a sessão conta com a presença dos investigadores do Instituto de Sociologia da Universidade do Porto que foram responsáveis pelos dez capítulos em que foi organizado este trabalho, financiado, mediante concurso público, pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Entre 1981 e 2005, a população da região aumentou, quer em termos absolutos quer em termos relativos. O Grande Porto concentrou um terço de todos os habitantes da região, ao passo que as sub-regiões do Douro, Alto Trás-os-Montes e Minho-Lima perderam peso no cômputo intra-regional. A Região Norte pode agradecer às migrações o facto de não ter visto a população decrescer. É que a natalidade diminuiu aqui a um ritmo superior ao do resto do país.

As NUTS III mais desfavorecidas em termos de acesso e utilização dos serviços de saúde são Alto Trás-os-Montes, Ave e Tâmega.


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