25 novembro 2007

promessas de estradas

O primeiro-ministro, José Sócrates, que dentro de quatro anos a população de Bragança não terá mais de se deslocar por Espanha para andar em boas estradas, noticia a Lusa.

O recurso às estradas espanholas dos automobilistas que viajam entre Bragança e Miranda do Douro tornou-se, nos últimos anos, paradigmático do mau estado das rodovias do Nordeste Transmontano.

José Sócrates sublinhou hoje que é altura de fazer justiça ao único distrito do país sem um quilómetro de auto-estrada, com a conclusão, até 2011, de quase 400 quilómetros de novas vias, em que se incluem itinerários reclamados há décadas.

O primeiro-ministro e o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, deslocaram-se a Bragança para afirmarem que não só estão a cumprir como anteciparam em um ano os prazos do compromisso assumido há um ano e meio nesta cidade, em matéria de rodovias para toda a região transmontana.

Durante o próximo ano vão ser lançadas as obras do túnel do Marão, que integrará o troço da A4 entre Amarante e Vila Real, e os 130 quilómetros da Auto-estrada Transmontana, sem portagens, entre Vila Real e Bragança.

No mesmo período arrancarão os trabalhos do IC5 entre o Pópulo (Vila Real) e Miranda do Douro (Bragança) e do IP2, entre o IP4 em Macedo de Cavaleiros e o IP5, na Guarda, na zona de Celorico da Beira.

O ministro Mário Lino realçou que com estas vias fica executado «77 por cento do Plano Rodoviário Nacional (PRN) desta região».

Segundo disse, quando este Governo tomou posse, o PRN tinha uma execução de «35 por cento» nesta zona do país.

1 comentário:

mario carvalho disse...

Pelos vistos... as estradas só por si não trazem desenvolvimento e até aumentam a desertificação
cumprimentos
mario carvalho




IN Público



Presidente termina visita de dois dias
Cavaco Silva preocupado com despovoamento do distrito da Guarda
24.11.2007 - 16h14 Lusa
O Presidente da República, Cavaco Silva, admitiu hoje em Gouveia, onde terminou uma visita oficial de dois dias ao distrito da Guarda, estar preocupado com o problema de despovoamento que afecta a região e que atribui à falta de iniciativa empresarial.

Para o chefe de Estado, o problema da "falta de gente" está "na escassez de iniciativa empresarial" nesta zona do interior do país. "Enquanto não surgirem empresas no interior do país, enquanto não surgirem investimentos, será muito difícil reter os jovens e criar empregos", disse Cavaco Silva aos jornalistas, no final da deslocação.

O Presidente da República referiu também que "há algumas indicações positivas", como acontece com a Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial da Guarda e iniciativas empresariais em Seia, "mas existe outra potencialidade não bem explorada, que é o turismo". Cavaco Silva considerou que naquela região, o turismo "pode ser, de facto, uma fonte de criação de riqueza e de emprego".

O Presidente destacou o exemplo de Gouveia, onde "está a fazer-se uma aposta cultural que pode contribuir para a atracção de mais visitantes". Naquela cidade, Cavaco Silva inaugurou o primeiro museu da miniatura automóvel do país e visitou o museu dedicado ao pintor Abel Manta.

O chefe de Estado disse ter esperança que a actual situação de despovoamento possa ser invertida com a criação de empregos na área do turismo, o aproveitamento dos produtos locais e com a aplicação dos incentivos fiscais para as empresas anunciados recentemente pelo Governo.

"Ouvi algumas palavras de desânimo de alguns autarcas", afirmou, referindo que "pedem mais acção da parte do Estado" para promover o desenvolvimento dos respectivos municípios. "Já não é o problema das estradas, é mais incentivos à formação dos jovens, das crianças, ao aumento da taxa de natalidade e, repito, apoios para que as empresas se instalem no distrito da Guarda e olhem para a fronteira, não como um obstáculo, mas como uma oportunidade de penetração na Europa", disse Cavaco Silva.

O chefe de Estado também voltou a referir a sua preocupação com o decréscimo da natalidade em Portugal. "Eu não acredito que tenha desaparecido dos portugueses o entusiasmo de trazer vidas novas ao mundo", declarou ainda o Presidente da República.

O presidente da Câmara Municipal de Gouveia, Álvaro Amaro, alertou Cavaco Silva para alguns dos problemas do concelho, defendendo que "tem que haver uma cruzada a favor do interior". O autarca social-democrata disse que o concelho, entre 1981 e 2001, perdeu três mil pessoas.



comentários 1 a 5 de um total de 19 Escrever comentário

26.11.2007 - Anónimo, Teixoso
Desde D.Afonso Henriques até ao Governo de hoje, o Interior Centro sempre foi esquecido pelos sucessivos Governos. Se traçarmos uma linha imaginária de alto a baixo, exceptuando o Algarve, toda a zona litoral, tem Cãmaras e Juntas de Freguesia ricas, a outra metade que é Trás os Montes, Beira Alta e Beira Baixa e Alentejo (agora já não tanto), são sucessivamente esquecidas e abandonadas. Basta ver onde estão os ordenados mais altos (toda a zona litoral) e os ordenados mais baixos (todo o interior).Os investimentos e os estádios de futebol que tanto dinheiro custaram, onde estão? 99% na zona litoral.

25.11.2007 - Alda Maria dos Santos, Lisboa
Os responsáveis pelo actual estado de coisas são os partidos que, nos últimos 30 anos, partilharam o poder. Tudo agravado com o actual governo, que fechou escolas e postos de saúde, praticamente obrigando as pessoas a deixarem o interior. E que aumentando impostos e congelando salários reduziu o mercado interno, lançou o pequeno comércio na falência, aumentou o desemprego. Conduzem o país para o abismo. Deus nos livre de tal gente, sem princípios, sem valores, insensível aos sofrimentos do próximo.

25.11.2007 - Anónimo, a
E que tal, em vez de se fazer um segundo aeroporto em Lisboa, se construisse um grande aeroporto internacional naquela zona? A Serra da Estrela e' daquelas zonas com atractivos no calor do verao e frio do inverno, porque nao aproveitar? Menos investimentos em Lisboa e mais no resto do pais, se calhar ajudava...

25.11.2007 - Maranus, Vila Real
Quem começou esta política mercantilista da desmantelmento do Interior do País foi precisamente o Cavaco, quando era Primeiro-Ministro, por isso admira-me a sua admiração!!! Em vez de discursos bonitos, deveria promover o debate sério sobre a REDUÇÂO DAS ASSIMETRIAS REGONAIS (tema tão caro à União Euripeia e que os sucessivos governos portugueses tão mal tratam). Lembrem-se dos "crimes" que o actual Govermo está a cometer com o encerramento de tantos Serviços essenciais no Interior e que tanto custaram a criar. Com isto tudo, as pessoas no Interior ficam satisfeitas e põem-se a procriar para fazer a vontade ao Cavaco... Sócrates, acaba de uma vez com a politica da merda dos TGV e aeroportos, pensa no povo de Portugal

25.11.2007 - Anónimo, coimbra
Reconheço que ao ter votado em Cavaco Silva foi um grande erro. Ele aponta os problemas da desertificação, da educação, disto e daquilo e que medidads toma ? NADA. O que ele diz qualquer atrasado mental diria - sem desprimor por estes - portanto qualquer pessoa vê isso, mas é preciso agir e ele meddidas não toma.

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