A LUTA PELO PODER
Foi morno o debate entre Marques Mendes e Luis Filipe Meneses, em linguagem futebolística diria que o resultado foi um empate técnico.
Bem avisado anda o Dr. Luis Filipe Meneses, ao dizer que se fôr eleito no dia 28 para Presidente do Partido o PSD- irá anunciar no dia seguinte se deixa ou não de exercer o cargo de Presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia –(Mais vale um pássaro na mão) – não cometeu o erro de um Presidente da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães, que suspendeu as suas funções para concorrer às eleições legislativas na lista do PSD. Porque será que nenhum candidato do sul do distrito de Bragança, conseguiu um lugar na Assembleia da República?
Felizmente que Luis Meneses , vai alterar as regras de nomeação dos candidatos a deputados,isto no caso de ser eleito Presidente do PSD.
E, porque ambicionam os políticos o lugar de deputado? Não é pelas instalações, nem pelo vencimento e tambem não é certamente pelas regalias que são conhecidas. È pela convivência com o poder legislar, fazer leis que outros vão cumprir, dar e receber numa cumplicidade coberta de boas intenções, numa lógica de justiça que se perde no tempo.
Quando a lista de deputados para as eleições legislativas fôr composta por gente que tenha dado provas de trabalho reconhecido como válido no Distrito, esses serão dignamente os representantes do circulo eleitoral de Bragança e dignos do meu voto.
A história diz-nos que o fascínio pelo poder é um mal, é uma atracção para muita gente. Alcançado este, depressa esquecem quem foram no passado e agora querem conservar o novo estatuto de Chefes, rodeiam-se de humildes alcólitos que usam para receber novas e espalhar ao boatos que interessam no momento. A humildade de reconhecerem o valor próprio é para os medíocres, uma meta que deviam procurar atingir.
Há políticos que não cuidam do presente, quanto mais olharem para o futuro. Não sabem que ao deixarem o seu cargo, por muitas placas que testemunhem a sua passagem na vida do Município, são votados ao ostracismo.
Há indicios anunciados por este Governo, de que as regras das Eleições vão mudar, e democráticamente fazemos votos que assim seja, viva a transparênvia, viva a democracia.
1 comentário:
Sr. Manuel Pinto, deverá V. Ex.ª ler o projecto de lei da reforma eleitoral, para que saiba o poder de um Presidente ainda vai sair mais reforçado.
E já agora outra informação, os pequenos partidos vão ser eliminados do mapa.
Será que é caso para dizer:
"viva a transparênvia, viva a democracia."
Finalamente leia este artigo do Diário de Noticas de Segunda Feira, depois veremos então se pensa o mesmo:
"Acordo entre PS e PSD para lei autárquica quase fechado
FRANCISCO ALMEIDA LEITE
PS e PSD estão em vias de concluir o processo negocial para a nova lei eleitoral autárquica. Ao DN, Alberto Martins, líder parlamentar socialista, diz que há "um processo negocial com grande convergência. Há todas as condições para que haja um acordo, mas os partidos têm ainda que fazer consultas aos seus órgãos internos".
Inicialmente, a lei do PS visava atribuir ao partido vencedor em eleições autárquicas inteira liberdade para formar executivos monocolores, mas as conversas com o PSD devem resultar noutra solução. A ideia passa por permitir ao partido mais votado formar sempre uma maioria, apesar de haver uma representação mínima de vereadores da oposição. Este diploma precisa de ser aprovado por dois terços dos deputados, daí a procura de consenso entre PS e PSD.
Já o Bloco de Esquerda, o CDS e o PCP não irão apoiar o projecto. Ao DN, Luís Fazenda diz que PS e PSD vão reduzir tudo "a dois partidos por meios administrativos". Uma declaração que também vale para a nova lei eleitoral para a Assembleia da República, onde os mesmos dois partidos estão a estudar a redução do número de deputados para um número entre os 180 e os 200 (actualmente são 230), complicando a eleição para os pequenos partidos. Luís Pedro Mota Soares (CDS/PP) é da mesma opinião: "Esperemos que o PS e o PSD não queiram ganhar na secretaria o que o povo não lhes dá nas urnas."
A agenda do Parlamento nesta segunda metade da legislatura passa por terminar as chamadas "leis políticas". Isto depois de nos últimos dois anos terem sido aprovados diplomas como a Lei da Paridade, o Protocolo de Estado, a Lei da Nacionalidade, a Lei Eleitoral para os Açores e Madeira, a lei que permite que os emigrantes votem na eleição do Presidente da República, a lei que regula os executivos camarários em gestão, a lei da Entidade Reguladora da Comunicação Social, da delimitação dos mandatos autárquicos, da substituição dos deputados e a reforma do Parlamento.
Com o Parlamento centrado a partir de 12 de Outubro no Orçamento do Estado, é provável que PS e PSD queiram dar algum passo durante as próximas semanas. Embora não se comprometam com calendários, a verdade é que há a intenção da nova lei autárquica vir a funcionar já em 2009.
Para além das leis eleitorais, o Pacto de Justiça, que está a ser burilado também entre PS e PSD, é outro dos temas fortes do novo ano parlamentar. As novas leis laborais do Código do Trabalho e a reforma da Administração Pública são sempre matérias que dividem os partidos com assento na AR e que muito irão dar que falar.
Em termos políticos, até Dezembro irá decorrer a presidência portuguesa da União Europeia, pelo que alguns assuntos comunitários irão também passar pela AR. Mas o novo Tratado Reformador, que irá substituir o Tratado Constitucional Europeu, é aquele tema que mais irá prender a atenção do Bloco de Esquerda e do PCP, partidos que já se comprometeram neste Verão a exigir um referendo nacional sobre o texto. Uma consulta que passou a não interessar ao PS, partido que tinha inscrito o referendo europeu no programa eleitoral das legislativas de 2005, mas que deixou, entretanto, cair .
O PSD encontra-se de momento dividido. Luís Marques Mendes quer um referendo, Luís Filipe Menezes não. A posição oficial do partido só será portanto validada ou revista depois das directas de dia 28. Pelo meio, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, já veio admitir que o referendo não é d"esejável.|
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