02 julho 2007

MANEIRAS DE VER

UM OUTRO OLHAR

Foi numa tarde de Verão num domingo, que cheguei à Rua da Carreira em Zedes- nesta freguesia está o monumento megalítico mais conhecido do concelho a Anta – e, a viagem continuou rumo a Pereiros, em busca de ideias e inspiração, rendido à grandiosidade da paisagem.

A placa indica Felgueira, a partír daí plantei a espaços torres para produção de energia eólica, o mesmo aconteceu à volta daquela bacia que circunda a aldeia de Pereiros, a Serra ganhou vida.

Aquela paisagem triste e nua, desde que um enorme incêndio devorou pinheiros e sobreiros, numa grande extensão, que é mais visivel ao descer para Codeçais.Naquela estrada estreita que exige redobrado cuidado à condução,aqueles terrenos que foram pinhais, há vestígios de lenha queimada que juntamente com a erva seca dos terrenos abandonados é pasto para chamas.

Codeçais está dividida pela estrada e o casario que lhe deu origem, tendo no cimo da aldeia a casa de repouso eterno. Seguimos em breve visita à “Sentrilha ou “Santrilha” como nos indica uma placa mais junto da aldeia, qual das placas está correcta? Ali no soalheiro da aldeia com o sol escondido os poucos habitantes a sorrir diziam:- Foi certamente por ignorância que escreveram a segunda placa, e nós dizemos que das duas placas escolha uma, a sua escolha é a certa.

Entrando na velha estrada nacional em direcção ao Pinhal do Norte e Pombal, é que se nota claramente que esta via é diferente e com o mesmo propósito, continuamos a tarefa de semear postes de energia eólica, na Serra de Pinhal do Norte em direcção a Areias, e na Serra do Amedo, alterou-se a paisagem, ficaram mais bonitas as terras de Ansiães.

Finalmente ao arrendarem as suas terras à empresa, que passou a produzir energia elétrica, os proprietários daquelas aldeias receberam dinheiro que melhorou a sua qualidade de vida. Segui-se o exemplo recente daquela Reportagem em aldeias fronteiriças e no lado de Espanha.

Isto é uma visão futurista? É. Há neste momento quem a possa pôr em prática? Não. Não passará disso mesmo uma ideia, quiçá nos próximos tempos com a mudança de políticos e novas mentalidades, maneiras de ver, de sentir e de pensar ansiães, nós vamos chegar lá ao futuro.

Manuel Barreiras Pinto

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