"A língua espanhola agrada cada vez mais aos alunos portugueses. O número de matriculados triplicou em três anos. No último ano lectivo houve 17.336 inscritos, mais 7120 que no ano anterior. É útil, é fácil, está na moda? Talvez um pouco de tudo. O Francês, em contrapartida, torna-se numa opção "residual" em algumas escolas." (no Público)
"O iberismo pode ser uma opção interessante" (Presidente da Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo ao DN) ... eles têm mais produtividade que nós, maiores rendimentos e são dos povos com melhor qualidade de vida.
Com o agravar das assimetrias regionais, os sentimentos de iberismo, isto é o desejo de união política com Espanha, hão-de crescer, hão-de... hão-de...
5 comentários:
in DN
Saramago acusado de ser "incapaz de defender Portugal"
ISABEL LUCAS
Dívida para com a língua portuguesa, ortodoxia marxista-leninista, interesse pessoal, uma provocação que deve ser motivo para reflexão... São algumas reacções à entrevista de José Saramago ao DN de ontem, em que o Nobel afirmou: "Portugal acabará por integrar-se na Espanha"
"A visão do sr. Saramago é uma visão do século XIX e não do século XXI. É muito fácil odiar Portugal no estrangeiro, o que é difícil é defender os interesses de Portugal no estrangeiro e isso o sr. Saramago é manifestamente incapaz de fazer." Foi desta forma que Martins da Cruz, ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de Durão Barroso e antes disso embaixador de Portugal em Madrid, comenta as declarações do Nobel português.
Numa entrevista publicada na edição de ontem do DN, o escritor José Saramago afirmou: "Portugal acabará por integrar-se em Espanha." Uma declaração citada em vários órgãos de informação internacionais e que foi alvo de duras críticas não só por parte de Martins da Cruz mas também dos escritores Vasco Graça Moura ou Manuel Alegre. "Ele tem a responsabilidade de ter ganho o Nobel da Literatura com a língua portuguesa", disse ao DN o poeta/deputado. "Saramago concebe a realidade como sendo gerível com uma engenharia de racionalidade", sublinhou Graça Moura, que viu nestas um aspecto positivo: "Acho saudavelmente polémico pôr as coisas neste plano. Não perdemos nada em fazer uma reflexão sobre isso."
Muitos iberistas e não iberistas contactados pelo DN escusaram-se a comentar esta manifestação de iberismo defendida por Saramago. Casos de Odete Santos ou José Hermano Saraiva, que optaram pelo silêncio, por exemplo. Já Loureiro dos Santos escolheu ironizar. O general chamou a atenção para "as certezas" de muita gente que nunca se chegam a concretizar. Quanto ao jornalista catalão Ramon Font, antigo correspondente da TVE em Lisboa, declarou-se surpreso com as palavras de Saramago e concluiu: "Portugal aguentou oito séculos. Não estou a ver essa situação alterar-se."|
olá zé mesquita
também podes encarar esse facto como um sinal de modernidade e de desenvolvimento ... na minha escola vai dar-se iniciação ao espanhol já no próximo ano lectivo para uma turma do 7º ano, turma essa que o presidente conseguiu lá segurar com a condição imposta pelos pais de os alunos terem o
dito espanhol ... e isto porque, ao que parece, os meninos querem seguir (todos) medicina e a aprendizagem dessa lingua facilitar-lhes-á mais tarde o prosseguimento dos estudos nas universidades do país vizinhos ... diz lá se não são guichos, precavidos e ambiciosos os nossos encarregados de educação!
parece que vamos ficar com o problema resolvido da faltas de médicos em Portugal!!!
(ou será para serem depois explorados nas subempreitadas das obras e ficarem esborrachados pelas estradas fora, quando regressam a casa depois da noitada do dia anterior, da velocidade exagerada e do cansanso acumulado? sei lá!)
abraço
monge
Vale a pena ir a
http://news.google.pt/nwshp?ie=UTF-8&oe=UTF-8&hl=pt-PT&tab=wn&q=saramago
Realmente!!!! cada vez gosto mais daqueles que nós "racionais".. apelidamos de irracionais....
o que nós temos de evoluir!!!!
Não sei quem é a Sra. D. Isabel Lucas para dar lições de portuguesismo. Por mim, sempre achei que os patriotas de café ou de coluna de jornal são aqueles a quem a pátria sempre proporcionou tudo, e são os mesmos que vendem a pátria cá dentro e lá fora. Quem está no estrangeiro sente-se, antes de mais, espoliado de pátria, não por aqueles que os exploram lá fora, mas por aqueles que os exploraram e continuam a explorar cá dentro.
A entrevista de Saramago demonstra uma enorme lucidez. Se Portugal não se afirma no mundo não é por culpa dele, que já fez e continua a fazer a sua parte. Bastava ler a entrevista toda para o entender. Ele não foge aos impostos, como muitos dos patriotas que o criticam.
Sem querer ser "advogado do diabo", até porque Saramago dispensaria a minha humilde defesa, creio que o Nobel português não defende a integração de Portugal em Espanha mas a junção dos dois países para a criação de uma nova unidade política, a Ibéria.
Enviar um comentário