16 julho 2007

A Espanha aqui tão perto

"A língua espanhola agrada cada vez mais aos alunos portugueses. O número de matriculados triplicou em três anos. No último ano lectivo houve 17.336 inscritos, mais 7120 que no ano anterior. É útil, é fácil, está na moda? Talvez um pouco de tudo. O Francês, em contrapartida, torna-se numa opção "residual" em algumas escolas." (no Público)




Com o agravar das assimetrias regionais, os sentimentos de iberismo, isto é o desejo de união política com Espanha, hão-de crescer, hão-de... hão-de...

5 comentários:

mc disse...

in DN


Saramago acusado de ser "incapaz de defender Portugal"



ISABEL LUCAS

Dívida para com a língua portuguesa, ortodoxia marxista-leninista, interesse pessoal, uma provocação que deve ser motivo para reflexão... São algumas reacções à entrevista de José Saramago ao DN de ontem, em que o Nobel afirmou: "Portugal acabará por integrar-se na Espanha"

"A visão do sr. Saramago é uma visão do século XIX e não do século XXI. É muito fácil odiar Portugal no estrangeiro, o que é difícil é defender os interesses de Portugal no estrangeiro e isso o sr. Saramago é manifestamente incapaz de fazer." Foi desta forma que Martins da Cruz, ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de Durão Barroso e antes disso embaixador de Portugal em Madrid, comenta as declarações do Nobel português.

Numa entrevista publicada na edição de ontem do DN, o escritor José Saramago afirmou: "Portugal acabará por integrar-se em Espanha." Uma declaração citada em vários órgãos de informação internacionais e que foi alvo de duras críticas não só por parte de Martins da Cruz mas também dos escritores Vasco Graça Moura ou Manuel Alegre. "Ele tem a responsabilidade de ter ganho o Nobel da Literatura com a língua portuguesa", disse ao DN o poeta/deputado. "Saramago concebe a realidade como sendo gerível com uma engenharia de racionalidade", sublinhou Graça Moura, que viu nestas um aspecto positivo: "Acho saudavelmente polémico pôr as coisas neste plano. Não perdemos nada em fazer uma reflexão sobre isso."

Muitos iberistas e não iberistas contactados pelo DN escusaram-se a comentar esta manifestação de iberismo defendida por Saramago. Casos de Odete Santos ou José Hermano Saraiva, que optaram pelo silêncio, por exemplo. Já Loureiro dos Santos escolheu ironizar. O general chamou a atenção para "as certezas" de muita gente que nunca se chegam a concretizar. Quanto ao jornalista catalão Ramon Font, antigo correspondente da TVE em Lisboa, declarou-se surpreso com as palavras de Saramago e concluiu: "Portugal aguentou oito séculos. Não estou a ver essa situação alterar-se."|

monge disse...

olá zé mesquita

também podes encarar esse facto como um sinal de modernidade e de desenvolvimento ... na minha escola vai dar-se iniciação ao espanhol já no próximo ano lectivo para uma turma do 7º ano, turma essa que o presidente conseguiu lá segurar com a condição imposta pelos pais de os alunos terem o
dito espanhol ... e isto porque, ao que parece, os meninos querem seguir (todos) medicina e a aprendizagem dessa lingua facilitar-lhes-á mais tarde o prosseguimento dos estudos nas universidades do país vizinhos ... diz lá se não são guichos, precavidos e ambiciosos os nossos encarregados de educação!
parece que vamos ficar com o problema resolvido da faltas de médicos em Portugal!!!
(ou será para serem depois explorados nas subempreitadas das obras e ficarem esborrachados pelas estradas fora, quando regressam a casa depois da noitada do dia anterior, da velocidade exagerada e do cansanso acumulado? sei lá!)

abraço

monge

mc disse...

Vale a pena ir a



http://news.google.pt/nwshp?ie=UTF-8&oe=UTF-8&hl=pt-PT&tab=wn&q=saramago


Realmente!!!! cada vez gosto mais daqueles que nós "racionais".. apelidamos de irracionais....
o que nós temos de evoluir!!!!

Anónimo disse...

Não sei quem é a Sra. D. Isabel Lucas para dar lições de portuguesismo. Por mim, sempre achei que os patriotas de café ou de coluna de jornal são aqueles a quem a pátria sempre proporcionou tudo, e são os mesmos que vendem a pátria cá dentro e lá fora. Quem está no estrangeiro sente-se, antes de mais, espoliado de pátria, não por aqueles que os exploram lá fora, mas por aqueles que os exploraram e continuam a explorar cá dentro.
A entrevista de Saramago demonstra uma enorme lucidez. Se Portugal não se afirma no mundo não é por culpa dele, que já fez e continua a fazer a sua parte. Bastava ler a entrevista toda para o entender. Ele não foge aos impostos, como muitos dos patriotas que o criticam.

josé alegre mesquita disse...

Sem querer ser "advogado do diabo", até porque Saramago dispensaria a minha humilde defesa, creio que o Nobel português não defende a integração de Portugal em Espanha mas a junção dos dois países para a criação de uma nova unidade política, a Ibéria.