27 março 2007

PARA ACABAR DE VEZ COM UMA CERTA CULTURA...

Quando me desloquei a Carrazeda, no Carnaval, para estar presente (embora ausente, pela excelente moderação de Alexandre Quinteiro), na mesa do Colóquio com Carlos Tê, um amigo depois me diria sobre o desfile do corso na Vila:

— Foi muito-muito fraco. Poucas-nenhumas associações participaram...

Respondi que será altura de ver que não é por aí. Altura de apoiar /publicitar em exclusivo aquilo que é realmente original ao lugar... O Enterro do Entrudo, que a Associação dos Zíngaros vai renovando. E

outras realizações que (sem apoios) vão acontecendo pelas aldeias. Caso do Pombal, onde estive com os rapazes que lançaram os casamentos com Vinho do Porto e um embude do alto da capelinha... Tive pena de não ser depois pela noite em que partiram o burro. (O Carlos Tê, idem aspas).

Mas quero dizer que muito me apraz o estilo low profile da senhora vereadora da Cultura — a quem muito se deve, como à secretária da sua vice-presidência, o êxito do Dia da Poesia. Não só porque vi

finalmente lançada uma velha ideia minha — de que há muito se deveria abandonar o caos generalizado, promovendo-se um Concurso de Qualidade, com um Júri experiente... Garantido pela d.ra Adelaide Fernandes de Linhares, que muitos Jogos Florais encabeçara já na Régua. Como também por essa via se abririam os Jogos à maior quantidade, com outra inquestionável qualidade. Pelo visto,

segundo me confidenciou uma amiga no local, tudo isso — e muito mais foi conseguido, com a participação de novos talentos... Muito por jovens e crianças. O que, em meu entender, só terá pecado por não haver um prémio (senão dois), para essas idades.

Perguntaram-me também o que achava dos trabalhos premiados (parece que houve igualmente uma série de Menções Honrosas), mas como só tenho conhecimento de uma parte dos poemas distinguidos, não me vou pronunciar, ademais sabendo como é tarefa subjectiva... Sobre isso,

apenas duas coisas: que li trabalhos do pintor Jorge Baldwin que não houveram distinção e estavam também de boa qualidade, o que atesta a via aberta; que o caminho, para mim, haverá de ser a andar — fazendo a ponte com _ matéria mais contemporânea...

vitorino almeida ventura

1 comentário:

Obvio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.