12 fevereiro 2007

Ecos do referendo

O diácono de Macedo de Cavaleiros, que em Janeiro prometia apelar ao voto no Não, no próprio dia do referendo, foi ontem mais contido nas palavras.
Ainda assim, durante a homilia que realizou na aldeia de Soutelo Mourisco, a mensagem que dirigiu aos fiéis foi nesse sentido, embora implicitamente.

1 comentário:

Hélder Rodrigues disse...

Quanto ao espectro dos resultados nacionais, confirma-se que o "não" ganha nas regiões tradicionalmente mais conservadoras, de direita, sob a forte influência da Igreja Católica e onde se verifica também um maior índice de analfabetismo e/ou iliteracia. E esta é a principal razão por que não souberam interpretar correctamente a pergunta do referendo. Esta tradição conservadora e, de certo modo, retrógrada, com o devido respeito, foi mais notória a partir das lutas liberais do séc. XIX. Contudo, parece-me que para este referendo, a Igreja não se mostrou, na globalidade, tão radical como no referendo anterior, como se pôde vericar pelas palavras de D. José Policarpo. Além disso, não foram raros os sacerdotes que disseram publicamente ir votar "sim". Eu atrever-me-ía, até, a dizer que se houvesse a possibilidade de responder "NIM", o "não" teria tido uma expressão quase nula!