09 dezembro 2006

Mentiras Piedosas de Dezembro i

-Ainda sobre a visita do Nosso Primeiro a El Equador, constatou-se que os naturais foram apanhados de surpresa.
Por tal facto não houve na altura tempo para reunir a fanfarra para a recepção. Regista-se contudo da visita, a pronta receptividade e empatia recíprocas que, culminou com comoventes manifestações na hora da despedida.

- Sabe-se já também que um dos objectivos que esteve subjacente à deslocação a El Equador foi, o de mobilizar empresários daquele país, para que invistam no nosso concelho, na plantação de mais bananas.

- Entretanto faz-se “bicha” para arranjar um lugar na próxima Reunião da Assembleia Municipal, para se ouvir “de viva voz”, o relatório do Nosso Primeiro, narrando os resultados desta sua visita oficial.

-Aproveitando a onda, o Nosso Primeiro aceitou agora visitar, também por proposta do Presidente da Junta de Freguesia de Linhares, a aldeia de Carrapatosa. Aqui sabe-se qual é o objectivo. Trata-se de ir lá perguntar se está tudo bem. Embora se espere que a resposta seja positiva, como são poucos os nativos, talvez haja a possibilidade de se resolver algum problema se este for denunciado.

- Sobre presidentes de junta, regista-se a alegria e a azáfama com que estes receberam a chuva que tem caído. Assim, já arranjaram que fazer na recuperação das estradas vicinais.

- Por aqui começa a usar fazer-se contas. Procede-se neste momento a um estudo económico em que se comparam os gastos resultantes do inflacionamento de obras recentes, realizadas no concelho e, a sua utilização, em projectos para os quais não deveriam faltar.
. Dão-se alguns exemplos de parcelas em confronto:
- Quantos anos de actividades culturais estariam garantidas no Centro Cultural com o dinheiro pago no inflacionamento desta obra?!
-Quanto se amortizaria da dívida pública se não se tivesse feito o Parque de Desportos Radicais, os polidesportivos desnecessários, as iluminações de vazios?!
-Quanta divulgação e dinamização cultural seria possível fazer-se com a despesa da reconstrução do Museu Rural do Vilarinho?!
-Quantas recuperações de património daria o dinheiro dispendido nos Parques de Merendas!

- Sobre este tipo de assunto, regista-se a mais recente notícia alusiva ao município. De título “ é o fim da macacada” a noticia revela-nos por palavras do nosso Primeiro que o LENEC ( instituição mais credenciada do país para fazer relatórios sobre construção civil), que este não foi conclusivo sobre a derrocada do Museu do Vilarinho. Não faltou quem se tivesse rido com tal anedota. A sugestão é, então, a de requerer os préstimos de um advogado para traduzir, interpretar e concluir finalmente sobre os culpáveis. Nesta decisão estou em desacordo, pois pelos vistos, num futuro próximo teremos “ at home” o causídico capaz de desvendar o mistério.

- Entretanto têm sido ultimamente feitas prospecções mineralógicas no concelho com o objectivo de tentar encontrar-se credibilidade no solo, para depois, dar e vender.

- Desde que foi proibido, justificar faltas mentindo, os estudantes trabalhadores do município prevêem uma grande hecatombe de chumbos para este ano lectivo. Pelos vistos até o Sr. Presidente se encontra preocupado com o prejuízo desta possibilidade de reprovações, por falta de presenças às respectivas aulas.

- Acabou com sucesso no concelho a campanha da apanha e exportação de dióspiros.

- Exclusivamente para esta rubrica segue uma interpretação de uma expressão de Louis Klan, para ser usado em coro, nas próximas campanhas eleitorais. “ Dai-nos o supérfluo, que sem o essencial temos conseguido (sobre)viver”.
Hélder Carvalho

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