28 dezembro 2006

Mais dinheiro e mais participação dos eleitos na AM de Carrazeda de Ansiães

"O presidente da Assembleia Municipal de Carrazeda de Ansiães, Rui Moreira, defende honorários mais aliciantes para os deputados municipais, bem como a alteração da legislação que regula aqueles órgãos autárquicos. Objectivo alterar o clima de passividade quase total verificado no concelho.

As sessões da Assembleia Municipal de Carrazeda são habitualmente curtas e com pouco ou nenhum debate de ideias. As intervenções resumem-se praticamente ao período de antes da ordem do dia. A título de exemplo, a última reunião durou pouco mais de hora e meia, apesar dos nove pontos da ordem de trabalhos, sendo um deles o plano e orçamento para 2007."
No JN texto e foto de Eduardo Pinto
Para ler tudo utilizar este link

5 comentários:

Hélder Rodrigues disse...

Ora aqui está um tema muito oportuno e pertinente, desencadeado, curiosamente, pelo próprio presidente da assembleia municipal! Em minha opinião, e não sou apoiante do PSD, o Dr. Rui Moreira tem carradas de razão, quando se refere, e muito bem, à passividade em que decorrem as reuniões. Realmente, podem-se apontar vários factores que contribuem para essa pouca vergonha demonstrada pelos deputados municipais: impreparação, ignorância, seguidismo, desleixo, desmotivação, etc. etc.
Mas o mais flagrante é o papel dos presidentes de junta eleitos pelo partido do poder autárquico, que vão para as reuniões mudos e saiem de lá calados. Mesmo que, no seu íntimo, não concordem com o chefe (quantas vezes eles vêm desabafar para a rua e para os cafés maldizendo o presidente que têm...). A verdade é que eles nem precisam de falar, pois quando precisam de qualquer coisa para a freguesia, vão pela porta do cavalo, quer dizer, pelas traseiras do edifício, sorrateiros, e lá vão conseguindo umas migalhas para enganar o povo. Isto é realmente uma promiscuidade, como afirma Rui Moreira. Mas, por outro lado, também entendo que o partido mais votado da oposição, o PS, tem grandes culpas em se deixar cair nessa promiscuidade, pois pelos vistos, também não abrem a boca para nada. Parece que só têm goela cá fora... Bem, tanbém com o presidente da concelhia que eles têm... que é um labrego disfarçado de professor sei lá do quê... não se podia esperar melhor desse partido político sui generis!... Coitados! Como assim querer aspirar a destronar a laranjada que que já apodrece em Carrazeda há tantos anos? Não seria melhor renovarem a sua concelhia? E o CDS, não terá também uma palavra a dizer? Vamos, juntem-se, ponham de lado a ideologia que os separa e aqueles que têm capacidades num e noutro partido (e até no PSD)façam acordos e comecem já a preparar o futuro que a nossa terra de Carrazeda bem merece.

AJS disse...

O Dr. Rui Moreira, tem carradas de razão, a Maria Limão tem carradas de razão, no que concerne ao Partido maioritário da Assembleia, que é o PSD. E era disso que se queixava o Dr. Rui Moreira. Já relativamente ao PS, podem se quiserem ter o trabalho de ler as respectivas actas, que o mesmo tem tido brilhantes intervenções, veja-se por exemplo a intervenção do Sr. João Tranchete (PS) na Sessão de 29 de Setembro sobre a taxa do IMI, provando por A mais B que a nossa Câmara é a que aplica a taxa mais alta (0,8% nos prédios urbanos) no nosso distrito. Mas uma coisa é falar bem, outra é a sua eficácia. Porque o discurso da oposição, por mais lindo que seja, entra por um ouvido dos senhores do PSD e sai por outro. Além do mais, Maria Limão, na actual lei a Assembleia só tem poderes para aprovar ou chumbar as propostas da Câmara. As frases bonitas não contam. Portanto só há uma solução. Mudar a actual maioria.

Hélder Rodrigues disse...

Estou de acordo consigo. É urgente mudar a actual maioria, mas toda a gente sabe que o vosso partido precisa de sangue novo. Quem é afinal o vosso presidente da concelhia? ele é membro da assembleia? o que faz ele? dedica-se à "ingrícola"~, não é? Como podem assim, com tipos desses, ajudar a mudar a actual maioria?
Cumprimentos para AJS, apesar de não saber quem é.

AJS disse...

Maria Limão, todos os partidos precisam de sangue novo. Porque o futuro é dos novos. No entanto, não sou eu nem porventura a Maria Limão que vai "obrigar" a juventude a aderir a este ou àquele partido.A juventude de que falo é que terá, pelo seu próprio "pé", caminhar na construção do seu futuro e não estar à espera que outros o façam. Quando eu digo que "a solução é mudar esta maioria", estou a incluir nessa mudança todo o "sangue novo" que queira aparecer. Para sua informação posso dizer-lhe que o actual presidente da concelhia do PS não faz parte de qualquer órgão autárquico. Também lhe posso dizer que não são as concelhias que ganham as eleições. Quem as ganha são os candidatos aos diversos órgãos. Por isso se compreende que listas de independentes ganhem eleições, portanto sem qualquer concelhia. Essa da concelhia já é velha e apenas serve de desculpa para algumas pessoas deixarem tudo como está. Porque, ó Maria Limão, para mudar é só preciso votar noutros. É tão simples!

Hélder Rodrigues disse...

Ao AJS:
1º. A juventude não deve ser obrigada a aderir a este ou aquele partido (estamos de acordo); mas o papel fundamental dos responsáveis da política local é trabalhar no sentido de cativar votantes, de os motivar e mostrar-lhes porque é que o nosso partido é melhor que o outro.
2º. O "sangue novo" a que me referia não é necessariamente (mas também) dirigido aos mais novos; referia-me à mudança radical de estratégias, com pessoas diferentes, que têm capacidades reconhecidas na terra para fazerem bem melhor, e não têm sido devidamente aproveitadas.
3º. Discordo consigo quando afirma
que não são as concelhias que ganham eleições. Então quem são? Só com um trabalho profícuo, activo,mostrando projectos credíveis para o desenvolvimento do concelho, captando sinergias em devido tempo, como gente influente nas freguesias, é que se podem ganhar eleições. É basicamente isto que se deve fazer para o povo votar noutros e não nos mesmos. E isto é que é realmente simples de entender, ó sr. AJS!

Para o sr. "laranja"
1º. São muito diferentes os caminhos da democracia quando nos referimos a eleições centrais ou locais.
2º. como o sr. laranja, por experiência própria, sabe, para estas (poder local), basta exercer influências directas (umas merendas, uns uísques...), prometer mundos e fundos, despejar paralelos e areia nas aldeias uns dias antes das eleições, mandar alguns (e algumas) esbirros a quem deu emprego camarário, a ir de porta em porta mendigar o voto em troca de favores (até mercearia...), recorrer também à sempre preciosa ajuda do padre no seu púlpito e em particular, e assim se têm ganho as eleições locais. É a isto que o sr. laranja se refere no ditado popular "quem vai ao mar prepara-se em terra?" É esta a democracia laranja? Pois isto, em meu entender (e sem ofensa pessoal), é que é pura hipocrisia. Efectivamente, não é esta a melhor maneira de o povo mostrar a sua proverbial sabedoria, quando é, assim, miseravelmente subjugada por interesses ligados à própria sobrevivência...