30 outubro 2006

Mentiras piedosas de Novembro

- Consta que foi para restaurar o “trono real” da nossa C.M. pois terá sido atacado pelo caruncho. O problema é que pelos vistos parece impossível recuperá-lo, tal é o estado decrépito em que se encontra. Aguardamos mais informações.

- À semelhança do que tem acontecido em certos hospitais pediátricos as paredes interiores das salas e gabinetes dos nossos Paços do Concelho, vão ser decoradas com pinturas murais. A ideia pretende que, quando os funcionários estiverem a olhar para as paredes, estes não as verem brancas e ganharem coragem para trabalharem. A curiosidade agora está em antever a criatividade que terão de ter os pintores, por exemplo para decorar o gabinete dos chefes de departamento, dos secretários, dos técnicos de apoio social, do almoxarife, dos encarregados, dos auxiliares, dos auxiliares dos auxiliares e demais ajudantes e colaboradores.

- Foi um dia criticado o facto de a nossa C.M. não integrar nos seus quadros, gente com deficiências físicas, não impeditivas de produzirem determinados serviços. Para tirar as teimas o nosso Primeiro decidiu agora fazer um rastreio das principais doenças junto dos funcionários e gestores eleitos, a fim de se constatar ou não, se há verdadeiramente, deficientes integrados nos serviços. Assim a primeira doença a ser diagnosticada vai ser a “doença dos pezinhos”. Trata-se de uma doença impeditiva do andar. Por exemplo se o doente possui gabinete, a doença acaba por o impedir de levantar o rabinho da cadeira e ir para o terreno ver como se passam as coisas. Com o tempo o doente acaba mesmo colado à cadeira mas, como podemos deduzir, as consequências da doença são más para todos. Vamos esperar para ver os resultados.

- Foi aqui transcrita a história do cidadão de Marco de Canaveses que solicitou o automóvel oficial do Sr. Presidente da autarquia, para conduzir, no dia do casamento, a noiva de quem era o padrinho. Desconhece-se a resposta ao requerimento.
Também aqui já foi afirmada a utilidade do automóvel oficial do nosso Presidente, por exemplo, para conduzir concidadãos doentes e carenciados, vindos das nossas aldeias. A sugestão que se formula agora é a de, exclusivamente em período de não utilização oficial, o automóvel estacionar junto ao Centro de Saúde para acolher no Inverno, aqueles que de madrugada esperam ao frio a sua vez, para conseguirem entrar nos serviços e obterem “ uma consulta do dia”. Se para esta tarefa se conseguir uma camioneta de passageiros, também dá.

- A tradição dos “tapumes” e “estaleiros” é porventura, uma das instalações mais usadas pelos nossos construtores civis, por onde passam.
Fez agora anos que desapareceu, com muita saudade, um tapume que já era um dos principais ex.-libris da nossa vila. Tratava-se do tapume do Centro Cívico.
Há quem acredite que, se os empreiteiros pagassem as respectivas coimas para estes serviços, já teríamos perdido mais esta tradição. Assim daqui requeremos, às instâncias devidas, que se for preciso, revoguem a lei que devia obrigar a tal licença, a fim de que se mantenha entre nós, mais este hábito tradicional.

- Reina grande expectativa. Ao que parece a Oposição “vai tomar uma posição” até ao Natal. Uns acreditam que será a posição deitada. Outros pensam que será a posição de pé. Desta vez decidi fazer a minha previsão e acredito que virá a ser tomada a “posição de lótus”.

- Regista-se com agrado uma decisão política tomada a nível nacional que vai privilegiar alguns carrazedenses. Trata-se da decisão de permitir àqueles que querem ser espanhóis que o possam ser, se assim o entenderem eles e os espanhóis. De momento questiona-se se esta decisão irá contribuir para a diminuição do desemprego. È que há quem diga que os espanhóis só gostam dos que trabalham.


Hélder Carvalho

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