Tem sido recorrente, apreciarem-se aqui opiniões e ideias, a sensibilizar para estratégias de desenvolvimento do nosso concelho. Este exercício é por vezes acompanhado do exame do que aparece realizado.
Em período estival sobrou-me a mim tempo para este passatempo.
Para não enfadar muito tratei casos pontuais em cada apreciação, propondo-me falar de início sobre o caso das Termas de S. Lourenço.
Os argumentos formulados, são naturalmente desinteressados e devem ser encarados como exercícios de retórica que não fazem mal a ninguém, podendo mesmo, possivelmente, ter sido já sonhados por outros, ainda que não do meu conhecimento. Mesmo as sugestões que forem olhadas como realistas e exequíveis, que não passem do seu entendimento teórico pois sabemos como é inexequível a sua aplicação prática.
Convém sublinhar que não sei se o vulgar cidadão tem uma ideia das verbas que têm sido envolvidas nos projectos para o S. Lourenço, que se têm feito e refeito, ao toque da batuta dos maestros. O meu objectivo no caso é o de tentar sugerir ideias exequíveis nas circunstâncias normais e por custos aceitáveis.
Estratégias para as Termas de S. Lourenço
A primeira pergunta a fazer-se sobre as Termas de S. Lourenço é mesmo a de se saber se alguma vez teria sido feito com rigor algum estudo de viabilidade destas?
Se o estudo desse indicações da sua viabilidade haveria então que definir quais os grandes objectivos que se perseguiriam, que investimentos haveria a fazer e, as respectivas contrapartidas a esperar, a curto, médio e longo prazos.
Com dados mais concretos, começar-se-ia então a atrair investimentos ou a agenciar possíveis investidores.
Nesta fase cumpriria ao sector público planificar e garantir as infra estruturas indispensáveis para a implementação dos projectos privados que fossem viabilizados e, esta seria a grande contrapartida que poderia ser dada ao sector privado para que investisse.
Entre estas infra estruturas será sempre imprescindível garantir um acesso decente à aldeia, coisa que no meu entender já deveria estar garantida há muito tempo, precisamente com as verbas que até aqui já foram gastas com projectos desgarrados.
Reconheço como um bom investimento feito, a pesquisa dos filões de águas das Termas, que determinou que dois furos feitos, e entretanto selados, produzissem grande caudal de água. A gestão desta matéria-prima, razão de ser das Termas, deveria ser gerida e disponibilizada, mediante a aplicação de contadores, a quem entre os investidores se propusesse dar-lhe utilidade nos seus projectos.
Estou convencido de que, se a entidade autárquica garantisse aquilo que lhe cumpre na potenciação deste valor económico latente, as Termas de S. Lourenço teriam de certeza viabilidade.
Infelizmente aquilo de que agora se fala é da possibilidade da barragem em estudo para o Tua, tornar inviável investimentos nas termas. O valor do investimento da barragem é válido na razão directa da incapacidade que se tem demonstrado para viabilizar investimentos nas termas. A pergunta que se faz é a de se saber qual das duas perspectivas de investimentos seria mais potenciada se por exemplo, o poder central disponibilizasse para o projecto das termas, verbas iguais ás que disponibilizará para a barragem. E aqui entramos no âmago da questão. Efectivamente não vejo da parte de quem manda, nem vontade nem capacidade política para influir nestas decisões. Nunca pressenti empenhamento responsável neste projecto, por parte de que tem gerido a nossa autarquia. As ideias foram acontecendo de maneira desgarrada e desconexa. Afinal a estratégia usada sobre este caso das Termas apenas tem servido para o aproveitamento demagógico e o abuso da ingenuidade das populações menos esclarecidas, sobretudo em períodos de campanha eleitoral. Por isso não estranho agora o silêncio e o embaraço do nosso presidente enquanto aguarda que alguém resolva por ele aquilo que antes prometeu resolver com os resultados que agora se vêem e os prejuízos e custos que ninguém consegue avaliar. Há avaliações sobre as quais podemos estar certos. Primeiro que tudo concordamos que nas Termas de S. Lourenço temos um valor que devidamente potenciado traria riqueza, emprego e dimensão para o nosso concelho. Talvez concordemos também que uma das primeiras prioridades para promover riqueza poderia estar ali. O facto de se tratar de um património gerido pela autarquia remete para ela, toda a responsabilidade inicial de promover o seu valor.
Perante a realidade que se nos depara, recordadas as expectativas difundidas por quem manda e constatada a incapacidade de as promover, é legitimo que no mínimo possamos dizer que estamos diante de uma das grandes vergonhas e irresponsabilidades patenteadas a nível regional. Senão ouçamos a opinião daqueles que por necessidade recorrem nesta altura ás águas de S. Lourenço, para tentarem a sua cura. Pessoalmente não consigo recordar pelas redondezas caso idêntico ou semelhante, de defraudamento de expectativas e de esperanças a concretizar.
Como tal, quando o Senhor Presidente veio recentemente a público falar da construção de um Hotel em Carrazeda eu fui dos que se riram da ideia vinda dele e, ao mesmo tempo, choraram com pena daqueles a quem já criaram expectativas de investimento idêntico e que com esse objectivo aqui têm deixado a pele.
Será que não mereceremos o direito a usufruir das dádivas que a natureza nos deixou!
Hélder Carvalho
Em período estival sobrou-me a mim tempo para este passatempo.
Para não enfadar muito tratei casos pontuais em cada apreciação, propondo-me falar de início sobre o caso das Termas de S. Lourenço.
Os argumentos formulados, são naturalmente desinteressados e devem ser encarados como exercícios de retórica que não fazem mal a ninguém, podendo mesmo, possivelmente, ter sido já sonhados por outros, ainda que não do meu conhecimento. Mesmo as sugestões que forem olhadas como realistas e exequíveis, que não passem do seu entendimento teórico pois sabemos como é inexequível a sua aplicação prática.
Convém sublinhar que não sei se o vulgar cidadão tem uma ideia das verbas que têm sido envolvidas nos projectos para o S. Lourenço, que se têm feito e refeito, ao toque da batuta dos maestros. O meu objectivo no caso é o de tentar sugerir ideias exequíveis nas circunstâncias normais e por custos aceitáveis.
Estratégias para as Termas de S. Lourenço
A primeira pergunta a fazer-se sobre as Termas de S. Lourenço é mesmo a de se saber se alguma vez teria sido feito com rigor algum estudo de viabilidade destas?
Se o estudo desse indicações da sua viabilidade haveria então que definir quais os grandes objectivos que se perseguiriam, que investimentos haveria a fazer e, as respectivas contrapartidas a esperar, a curto, médio e longo prazos.
Com dados mais concretos, começar-se-ia então a atrair investimentos ou a agenciar possíveis investidores.
Nesta fase cumpriria ao sector público planificar e garantir as infra estruturas indispensáveis para a implementação dos projectos privados que fossem viabilizados e, esta seria a grande contrapartida que poderia ser dada ao sector privado para que investisse.
Entre estas infra estruturas será sempre imprescindível garantir um acesso decente à aldeia, coisa que no meu entender já deveria estar garantida há muito tempo, precisamente com as verbas que até aqui já foram gastas com projectos desgarrados.
Reconheço como um bom investimento feito, a pesquisa dos filões de águas das Termas, que determinou que dois furos feitos, e entretanto selados, produzissem grande caudal de água. A gestão desta matéria-prima, razão de ser das Termas, deveria ser gerida e disponibilizada, mediante a aplicação de contadores, a quem entre os investidores se propusesse dar-lhe utilidade nos seus projectos.
Estou convencido de que, se a entidade autárquica garantisse aquilo que lhe cumpre na potenciação deste valor económico latente, as Termas de S. Lourenço teriam de certeza viabilidade.
Infelizmente aquilo de que agora se fala é da possibilidade da barragem em estudo para o Tua, tornar inviável investimentos nas termas. O valor do investimento da barragem é válido na razão directa da incapacidade que se tem demonstrado para viabilizar investimentos nas termas. A pergunta que se faz é a de se saber qual das duas perspectivas de investimentos seria mais potenciada se por exemplo, o poder central disponibilizasse para o projecto das termas, verbas iguais ás que disponibilizará para a barragem. E aqui entramos no âmago da questão. Efectivamente não vejo da parte de quem manda, nem vontade nem capacidade política para influir nestas decisões. Nunca pressenti empenhamento responsável neste projecto, por parte de que tem gerido a nossa autarquia. As ideias foram acontecendo de maneira desgarrada e desconexa. Afinal a estratégia usada sobre este caso das Termas apenas tem servido para o aproveitamento demagógico e o abuso da ingenuidade das populações menos esclarecidas, sobretudo em períodos de campanha eleitoral. Por isso não estranho agora o silêncio e o embaraço do nosso presidente enquanto aguarda que alguém resolva por ele aquilo que antes prometeu resolver com os resultados que agora se vêem e os prejuízos e custos que ninguém consegue avaliar. Há avaliações sobre as quais podemos estar certos. Primeiro que tudo concordamos que nas Termas de S. Lourenço temos um valor que devidamente potenciado traria riqueza, emprego e dimensão para o nosso concelho. Talvez concordemos também que uma das primeiras prioridades para promover riqueza poderia estar ali. O facto de se tratar de um património gerido pela autarquia remete para ela, toda a responsabilidade inicial de promover o seu valor.
Perante a realidade que se nos depara, recordadas as expectativas difundidas por quem manda e constatada a incapacidade de as promover, é legitimo que no mínimo possamos dizer que estamos diante de uma das grandes vergonhas e irresponsabilidades patenteadas a nível regional. Senão ouçamos a opinião daqueles que por necessidade recorrem nesta altura ás águas de S. Lourenço, para tentarem a sua cura. Pessoalmente não consigo recordar pelas redondezas caso idêntico ou semelhante, de defraudamento de expectativas e de esperanças a concretizar.
Como tal, quando o Senhor Presidente veio recentemente a público falar da construção de um Hotel em Carrazeda eu fui dos que se riram da ideia vinda dele e, ao mesmo tempo, choraram com pena daqueles a quem já criaram expectativas de investimento idêntico e que com esse objectivo aqui têm deixado a pele.
Será que não mereceremos o direito a usufruir das dádivas que a natureza nos deixou!
Hélder Carvalho
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