Defensores da linha ferroviária do Tua realizaram ontem à noite no centro de Lisboa, largo de Camões, uma vigília de protesto para “sensibilizar” para a manutenção da linha.
José Silvano, na qualidade de presidente do Conselho de Administração do Metropolitano de Mirandela, apoia esta iniciativa, tendo disponibilizado um autocarro para levar as pessoas até Lisboa, salienta que já não se trata só da defesa da linha do Tua, mas também da própria empresa a que preside.
Também o presidente da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães disponibilizou um autocarro para o transporte dos manifestantes não para Lisboa, mas para irem apanhar o autocarro a Mirandela.
A acção, que decorreu até às 24h00, foi promovida por três movimentos de cidadãos, pelo partido ecologista "Os Verdes" e o Bloco de Esquerda, e ao fim da tarde algumas dezenas as pessoas já se concentravam no Largo Camões, junto a uma exposição fotográfica sobre a linha do Tua.
Para a representante do Movimento de Cidadãos em defesa da Linha do Tua, Graciela Nunes, o comboio "é aquilo que a Revolução Industrial trouxe e por inerência defende o Ambiente", sendo "uma das invenções" que é necessário "saber preservar".
Um dos objectivos da acção em Lisboa passa por apresentar um abaixo-assinado a entregar na Assembleia da República e que contém as reivindicações dos cidadãos abrangidos pela linha do Tua, nomeadamente impedir que a barragem prevista - e que coloca em risco a linha - se construa e a linha ferroviária seja submersa.
O texto, "argumentativo, histórico e emocional", apela ao Governo para que olhe para os transmontanos "com olhos de ver".
"Esta região também merece uma atenção especial. Precisamos que a linha seja reposta", sublinhou Graciela Nunes.
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O Bloco de Esquerda (BE) vai voltar a defender no Parlamento a suspensão da construção da barragem do Tua e a requalificação da linha ferroviária, propondo a sua classificação como monumento nacional, anunciou hoje o deputado Heitor de Sousa.
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