«(...) Goste-se ou não do estilo, Paulo Morais e João Carlos Gouveia são dois casos de políticos que Portugal deveria, pelo menos, preservar como espécies em extinção. Falam sem medo. Falam até onde podem e desafiando as circunstâncias difíceis e as pressões dentro do seu próprio território político. Não traficam o que pensam. Não se encolhem. Obedecem a uma consciência cívica, não obedecem a directrizes nem a directórios. No fundo, cada qual com a sua ideologia e convicções, são homens livres. Algo de que andamos muito necessitados.
Acontece, porém, que Portugal é normalmente ingrato e tritura os seus melhores. Uma certa inteligência mediática considera que homens como Paulo Morais e João Carlos Gouveia, para além de quase desconhecidos, são exagerados, destravados, prejudiciais ao sistema e maus para o negócio. E vai de dar com o sarrafo neles, denegrindo-os e enxovalhando-os publicamente. Esquecem-se de uma coisa básica: no dia em que contribuirmos para calar de vez os homens livres, seremos nós a presa fácil e o festim de quem pode e manda.»
Miguel Carvalho, Visão
1 comentário:
Quanto a Paulo Morais, deputado do PSD, não posso comentar porque não acompanhei o caso.No que diz respeito a João Carlos Gouveia, deputado regional do PS, quem lhe chamou "louco" foi o Alberto João. Não me consta nem li em nenhum lado, como refere o jornalista, que alguém do PS lho tenha chamado. Estranho que o Miguel Carvalho, considere para o mal, Alberto João como sendo socialista. Para o bem, Alberto João já é PSD: Enfim, jornalistas ...!
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