18 janeiro 2006

Breve Recensão à "Vida" de João Lopes de Matos


Se a poesia é esse dizer absoluto, 2º Eduardo Lourenço, analisá-la é sempre uma completa menorização, de a trocar literalmente por miúdos. O que me motiva, assim mesmo, a este apontamento, (para mais se uma andorinha nem faz a Primavera), é exactamente _ sentir esta pequena Obra como uma espécie de transcendência relativamente a sua Vida. Como Ele me disse
ao telefone, ‹‹saiu-lhe assim››. E o verbo transmutou poesia, além do desvelar da alma, num outro ritmo, _ _ outro tom... A que um cientista se dá, então, à ficção (sob _ forma de verso) — pela noção de vago, de interrogar-
-se _ _ tudo existiu; por sua des_
memória tudo se confunde em final feliz: a realidade e a ficção, juntando ‹‹a tinta e o sangue num só rio››, como A Última Sessão de Sérgio Godinho, em corrente de pensamento. — Será poesia? Será? Que a realidade
outra é: plástica arte: _ _ auto-retrato, ondulando breve num último sorriso, para _ _ _ qual posteridade...

vitorino almeida ventura

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