A Terra vista pelos pequeninos
Hoje lembrei-me de transcrever uma linda redacção escrita por uma criança que nos fala da sua Terra com grande Amor e Carinho.
Eu gosto muito da minha Terra.
A minha Terra tem muitas casas bonitas, muita gente à espera que chova, muitos popós, muitos cães vadios e muitos jardins cheios de flores e repuxos.
Na minha escola, a Sra. Professora, quando dá aulas, ensina-me a brincar ás casinhas e leva-me à Biblioteca para ouvir a "Hora do Conto" e para ver vídeos.
Este ano também nos prometeu que íamos ao "Portugal dos Pequeninos" numa carrinha da Câmara.
Eu, quando for grande, quero ser bombeiro ou então, funcionário da Câmara. Se me esforçar muito talvez consiga ser as duas coisas.
Na minha terra o Rei é o Sr. Presidente. Vive numa casa muito grande, sempre rodeado de criados e quando há festas, ele mostra-se ao Povo.
Nas procissões ele tambem vai acompanhado pelos outros governadores. Vai guardado pelos escuteiros e quando passa, o Povo ajoelha-se e reza.
O meu sonho é ser escuteiro para poder um dia tambem acompanhar o Sr. Presidente nas procissões.
Mas o meu pai que é muito pobre, diz que não tem dinheiro para comprar a farda.
Para arranjar dinheiro, o meu pai já decidiu comprar um burro porque o Governo dá subsídios a quem tenha burros. Diz o meu pai que, quando vier o subsídio, é para me comprar uma Playstation. O meu pai tambem se lembrou de pedir ao Sr. Presidente para lhe deixar depois o burro pastar na relva dos jardins e, para lhe deixar plantar erva para o burro, no campo de futebol. Assim não eram precisos jardineiros para cortar a relva.
A minha mãe tem um defeito numa perna e por isso não trabalha. Diz ela que há-de também conseguir entrar para funcionária da Câmara. A minha mãe quer ser a primeira funcionária deficiente a entrar na Câmara Municipal. A minha mãe já disse que vai ajudar o Sr. Presidente a voltar a ser eleito.
O meu vizinho está a morrer de cirrose. Deixá-lo. Diz a minha avó, que está no Lar, que ele passou a vida a beber e a bater na mulher. Por isso merece ir para o Inferno.
A minha avó tambem me conta que antigamente era preciso trabalhar-se muito para, por vezes, se comer, nas refeições, apenas meia sardinha. Mas agora já toda a gente oferece sardinhas.
Isto só quer dizer que a minha Terra tem gente rica que gosta muito dos pobres. È por isso que eu gosto muito da minha Terra e quero cá viver.
E pronto. Agora vou brincar e ver os desenhos animados.
Hoje lembrei-me de transcrever uma linda redacção escrita por uma criança que nos fala da sua Terra com grande Amor e Carinho.
Eu gosto muito da minha Terra.
A minha Terra tem muitas casas bonitas, muita gente à espera que chova, muitos popós, muitos cães vadios e muitos jardins cheios de flores e repuxos.
Na minha escola, a Sra. Professora, quando dá aulas, ensina-me a brincar ás casinhas e leva-me à Biblioteca para ouvir a "Hora do Conto" e para ver vídeos.
Este ano também nos prometeu que íamos ao "Portugal dos Pequeninos" numa carrinha da Câmara.
Eu, quando for grande, quero ser bombeiro ou então, funcionário da Câmara. Se me esforçar muito talvez consiga ser as duas coisas.
Na minha terra o Rei é o Sr. Presidente. Vive numa casa muito grande, sempre rodeado de criados e quando há festas, ele mostra-se ao Povo.
Nas procissões ele tambem vai acompanhado pelos outros governadores. Vai guardado pelos escuteiros e quando passa, o Povo ajoelha-se e reza.
O meu sonho é ser escuteiro para poder um dia tambem acompanhar o Sr. Presidente nas procissões.
Mas o meu pai que é muito pobre, diz que não tem dinheiro para comprar a farda.
Para arranjar dinheiro, o meu pai já decidiu comprar um burro porque o Governo dá subsídios a quem tenha burros. Diz o meu pai que, quando vier o subsídio, é para me comprar uma Playstation. O meu pai tambem se lembrou de pedir ao Sr. Presidente para lhe deixar depois o burro pastar na relva dos jardins e, para lhe deixar plantar erva para o burro, no campo de futebol. Assim não eram precisos jardineiros para cortar a relva.
A minha mãe tem um defeito numa perna e por isso não trabalha. Diz ela que há-de também conseguir entrar para funcionária da Câmara. A minha mãe quer ser a primeira funcionária deficiente a entrar na Câmara Municipal. A minha mãe já disse que vai ajudar o Sr. Presidente a voltar a ser eleito.
O meu vizinho está a morrer de cirrose. Deixá-lo. Diz a minha avó, que está no Lar, que ele passou a vida a beber e a bater na mulher. Por isso merece ir para o Inferno.
A minha avó tambem me conta que antigamente era preciso trabalhar-se muito para, por vezes, se comer, nas refeições, apenas meia sardinha. Mas agora já toda a gente oferece sardinhas.
Isto só quer dizer que a minha Terra tem gente rica que gosta muito dos pobres. È por isso que eu gosto muito da minha Terra e quero cá viver.
E pronto. Agora vou brincar e ver os desenhos animados.
Hélder deCarvalho
12 comentários:
Ai está, uma bela história para adormecer!! Boa noite e dorme bem!!!
eu gosto muito da minha terra mas nem todos os que são de lá podem dizer o mesmo... assim não, nem mesmo as crianças pensam assim !
é sem dúvida a visão de um "pequenino" ...
este homem é muito raivoso e complexado...
concordo. deve ser porque ninguem lhe liga
... p.f. alguém faça uma encomenda!
Este tipo de fixação negativa contra tudo e todos só tem solução através de muita psicanálise
Será que ele não trabalha? Não terá que fazer? Nem psiquiatra aguenta.
Deve estar mal!
Para que conste: os animais NÃO pastam «na» relva
É difícil ser alguém com um pensamento tão pequenino... Deveria amar a sua terra em vez de perder tempo a criticar. Quem critica deve dar alternativas e não pensar "quando for grande quero ser..." assim nunca mais vai crescer...
Será k não há um boy para "encomendar" uma estatueta a este senhor??? Dêem-lhe ocupação!!!
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