A decisão do Governo de José Sócrates de produzir uma Lei que limite os mandatos dos Presidentes de Câmara e Presidentes dos Governos Regionais, vem sendo motivo de várias apreciações e polémicas. É claro que eu não acredito que a ideia vá para a frente.
Esta decisão poria em causa, em meu entender, uma ideia base da democracia que é a de dar ao Povo o direito e obrigação de votar em quem os represente e decida por Ele.
No limite posso dizer que é posta em causa, a capacidade e competência do Povo para escolher ou, por outras palavras, "o Povo não saberá usar as regras da democracia" pelo que é preciso decidir por Ele.
No meu papel de cidadão interveniente e participativo, já pude apreciar de tudo nesta democracia que fez trinta anos. Pude por exemplo, ver um Presidente de Câmara, ser condenado em tribunal com pena suspensa, por actos praticados na sua gestão, ver essa suspensão ser comutada em pagamento de indemnização, para assim ser possível uma nova candidatura que deu uma nova vitória eleitoral. Deste exemplo ainda posso acrescentar que tal Presidente continua feliz no seu papel e mantém-se na "Boa Graça" de "uns tantos" que o hão-de levar em ombros para as eleições que se seguirem.
Só tenho inveja de não pertencer ao grupo "desses tantos" que têm o prazer e felicidade de terem quem os comande perpetuamente.
O facto de não pertencer a esses grupo de eleitos não me dá o direito de apoiar uma Lei que retira o "Sagrado Direito Democrático" de se votar em quem se quer e, garante o prazer e a felicidade a quem gosta de ser mandado.
Quem tem culpa da ignorância do Povo!?
Hélder de Carvalho
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