Ficar em Carrazeda aos fins-de-semana é verdadeiramente deprimente. A vila torna-se uma enorme pasmaceira, o movimento geral é bem pior do que em qualquer aldeia do concelho.
Não há uma actividade cultural, desportiva ou tão só recreativa digna desse nome. Não temos um cinema, um teatro, uma associação para desfrute de uma acção lúdica. Até com o futebol acabaram!
O que resta é a tertúlia nos bares ou cafés. Mesmo aí são tão poucas as pessoas que depressa se desiste.
Nas zonas de lazer da barragem, preferencialmente vocacionada para as merendas, não se vislumbra vivalma ao contrário do que vemos noutras vilas limítrofes.
Para onde é que vão os residentes nesta vila? Muito poucos dirigem-se ao Porto, onde dispõem de segunda casa, aí carregam baterias de poluição e movimento. Podemos ver alguns em visita a algumas aldeias para confraternizarem com os seus conterrâneos em jogos sociais vários: a sueca, a conversa… Outros podem-se ver-se nas catedrais dos novos tempos – os centros comerciais – dando largas à fúria consumista. Não poucos, vemo-los em Vila Flor na zona de lazer, nos cafés, nos estabelecimentos comerciais.
Aos fins-de-semana, quase todos fogem desta vila como “o diabo da cruz”!
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