“Caiu o anjo, e ficou simplesmente o homem.”
Camilo Castelo Branco
Armando Vara, nascido em Lagarelhos de Vinhais, onde
trabalhou numa agência da Caixa Geral de Depósitos, com o canudo liceal numa
mão e noutra a tarimba da militância partidária do PS fez um percurso político
tão meteórico como surpreendente, percorrendo as várias etapas do poder em
Portugal: dirigente distrital, deputado, vice-presidente do Grupo Parlamentar,
secretário de estado e ministro, sendo agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do
Infante D. Henrique em 2005. Com tão invejável currículo de bancário passou a
banqueiro, que é em Portugal constitui, a par de outras, uma das condições
mínimas.
“O ilustre transmontano” agora caído em desgraça foi
condenado, no processo “Face Oculta” a cinco anos de prisão efetiva por três
crimes de tráfico de influência, provando-se que se encontrou várias vezes com
Manuel Godinho, de quem recebeu 25 mil euros.
Duas lições retiro desta história: Se é incomum em Portugal
ver poderosos ligados à política serem condenados, torna-se comum, vermos
pessoas condenadas a prisão ir descansadas para casa, porque o recurso assim o
permite.
Não resisto a aqui postar o que sobre estes transmontanos
escrevi no “Pensar”
Sem comentários:
Enviar um comentário