"Desde a década de oitenta, a
região de Trás-os-Montes tem sido espoliada dos seus facilitadores
económicos, entre os quais o caminho-de-ferro, fruto das políticas
adoptadas que acabaram por ditar a diminuição da actividade económica,
ficando condenada a uma morte lenta...
Fruto do abandono gradual da região, a mesma vê-se, presentemente,
esvaziada de gente e com uma actividade económica moribunda, em que
apenas a agricultura e o turismo ainda têm alguma expressão, estando à
vista a sua extinção, por via da transformação do IP4 numa auto-estrada
com custos para o utilizador, descontextualizada da realidade actual da
economia de Trás-os-Montes, uma vez que as poucas empresas existentes já
não têm capacidade de criação de valor suficiente para incorporar os
custos associados às portagens, além de que estas representam uma
barreira às viagens de turismo." (...)
Alberto Aroso, daqui
10 comentários:
Lamentavelmente assim é!
Os "políticos" locais/regionais foram incompetentes em dois sentidos:
- Não souberam criar mecanismos de sustentabilidade;
- Criaram na sua maioria "fardos" ultra-pesados que agora são insustentáveis e apenas geram despesismo ao ponto de alguns estarem inactivos.
Não valerá a pena recordar os exemplos carrazedenses...que são muitos e sobejamente conhecidos.
"Essa" descolonização é em grande parte consequência destas asneiras consecutivamente cometidas ao longo das ultimas duas décadas. A questão da Auto Estrada com custos acaba por ser irrelevante se considerarmos que o interior não se soube preparar a tempo para isso.
O nosso desenvolvimento (fictício) foi à custa, ora de dinheiro emprestado, ora de verbas a fundo perdido mas com percentagem também emprestado.
Seja então que em vez de nos darem a enxada deram-nos o pão já pronto a comer e ...comemos, só que afinal foi pão que o diabo amassou!
Ateu Versão/2012
A auto-estrada não vai ser uma via facilitadora do progresso e desenvolvimento de Trás-os-Montes, bem antes pelo contrário uma via aceleradora da desertificação.
Dou como exemplo o meu caso que a viver na Maia me desloco quase todos os fins-de-semana a Parambos, utilizando a A4 de Ermesinde a Amarante com um custo de portagens em cada sentido de 3.85€.
Quando estiver concluída a A4 até ao Populo tendo em conta a taxa acrescida pela passagem no túnel do Marão, estou a pensar em vir uma vez por festa...
Vai ainda inflacionar todos os produtos associado aos custos de transporte.
Somos pobres e mal agradecidos !
Será que esta gente quer estradas de terra batida ?
Carros de bois ?
Carroças de tracção animal ?
Cavalos ?
Machos ?
Mulas ?
Burros ?
Bicicletas ?
O Mundo está virado !
Por isso vamos pagando as favas...
"Desde a década de oitenta, a região de Trás-os-Montes tem sido espoliada dos seus facilitadores económicos...." culpa de quem? de todos os governos que, desde o Terreiro do Paço conhecem como País, apenas Lisboa- onde tudo se concentra, porque eles estão lá- e o resto é mesmo paisagem! O discurso é sempre o mesmo: quando estão na oposição, para convencer o "papalvos" prometem que desta é que é lutar contra a interioridade...chegados ao Poder, encerram por decreto todos os serviços públicos, desconhecendo a especificidade de cada região e suas populações!E depois, claro, é um círculo vicioso. se encerram/retiram serviços, as pessoas vão-se embora e depois, porque não há pessoas, não se justificam os serviços porque não são utilizados? Até quando os Transmontanos continuarão a querer ser enganados? Até quando, continuarão a eleger representantes apenas e só pela cor do cartão partidário, como se o nosso futuro se resumisse a uma espécie de pertença a um Clube, em que a paixão(cegueira, digo eu) os impede de ver para além da cor do cartão? Este é o preço que estamos a pagar: o despovoamento massivo e o empobrecimento constante face à maioria das regiões do País! Culpa nossa, pois claro!
Somos pobres e mal agradecidos !
Será que esta gente quer estradas de terra batida ?
Carros de bois ?
Carroças de tracção animal ?
Cavalos ?
Machos ?
Mulas ?
Burros ?
Bicicletas ?
O Mundo está virado !
Por isso vamos pagando as favas...
o problema é esse.. nós pagamos as favas, as etradas, e os ordenados dos "BURROS"... e depois não temos dinheiro para comnprar carros.. nem para pagar as portagens .. nem a gasolina... dos "burros " que andam de carro à custa dos outros ..
estes já fazem chantagem.. se os "burros" não pagarem subsídios..
ou sejam se não houver água , nem vento .. pagamos na mesma..
é a mesma coisa que.. quem tem um tasco quer venda ou não .. tem o dele sempre garantido.. pagamos todos--
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Somos pobres e mal agradecidos !
mas não sejamos mais brutos !!!Como alguém quer!!!
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http://economico.sapo.pt/noticias/edp-e-endesa-admitem-apagoes-electricos-se-governo-cortar-apoios_137938.html
Energia
EDP e Endesa admitem apagões eléctricos se Governo cortar apoios
Ana Maria Gonçalves
10/02/12 07:40
A EDP, liderada por António Mexia, tem duas centrais a gás que beneficiam de garantia de potência: Carregado e Figueira da Foz.
Preços do gás e electricidade vão deixar de ser regulado
Está em causa a garantia de potência, um mecanismo financeiro que recebem como incentivo ao investimento. O cenário ressuscita a ameaça de apagão.
A EDP e a Endesa preparam-se para parar as centrais eléctricas que beneficiam de garantia de potência no caso de o Governo acabar com este mecanismo de compensação financeira, criado como incentivo ao investimento em novos projectos e que é aplicado também em Espanha.
O Diário Económico sabe que estão em causa as centrais de ciclo combinado a gás natural de Lares, na Figueira da Foz, e do Carregado, ambas da EDP, assim como a central do Pego, em Abrantes, sob gestão da Endesa. A este pacote juntam-se ainda as centrais abrangidas pelo Plano Nacional de Barragens: Foz Tua, Fridão, Alvito, da EDP, e Girabolhos e Boqueira, do grupo espanhol, a maioria ainda em fase de construção e que representam um investimento global de 2,5 mil milhões de euros.
A concretizar-se este cenário, a segurança de abastecimento de Portugal fica comprometida e aumenta o risco de apagão, realça o presidente da Endesa Portugal, Nuno Ribeiro da Silva, ao Diário Económico. O gestor alerta para o facto de 50% da capacidade eléctrica do País estar fortemente dependente de condições meteorológicas favoráveis. É o caso das grandes hídricas, num total de 4.500 megawatts (MW), e das renováveis, com 4.300 MW.
As centrais a gás representam 3.800 MW da capacidade instalada nacional, cabendo 1.800 MW às centrais a fuelóleo do Barreiro e de Setúbal, geridas pela EDP e que se encontram em fase de desmantelamento. O restante está afecto às centrais a carvão da EDP e da Endesa.
quais os representantes eleitos pelos transmontanos? Deputados do PS e PSD. Quem tem governado o país? O PS ou PSD ambos com a ajuda do CDS. Portanto qual a escolha que nos propõem.Já vêm porque é que não ligam ao interior. Conta pouco eleitoralmente. Apenas discurso de defesa do interior quando há eleições porque fica bem o resto é calendário. Já ouviram algum deputado do distrito falar sobre fecho dos seviços públicos?
Muito sinceramente não sei para onde caminhamos!
Tenho 39 anos e pela forma da minha criação estaria perfeitamente preparado para viver em auto-suficiência!
Por assim dizer... fome não passaria!
Sobre os meus filhos, tenho medo que se tornem naquilo que hoje condeno...
Ateu Versão/2012
O que me preocupa é este sentimento que todos temos: sentimos que os nossos governantes não têm um rumo,um projeto, não sabem que rumo dar ao país, ao Concelho, à Europa... e em nós apenas cresce a desesperança. E eu sei que um povo não pode viver na desesperança!
O código da estrada não prevê o transito destes animais em IP`s e IC`s, ó ilustre cidadão.
Carros de bois ?
Carroças de tracção animal ?
Cavalos ?
Machos ?
Mulas ?
Burros ?
Rui R.M.
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