01 fevereiro 2012

Dá Deus nozes a quem não tem dentes

New York Times diz que o Douro “tem tanto a seu favor que chega a ser ridículo” | Green Savers
“A região do Vale do Douro, em Portugal, tem tanto a seu favor que chega a ser ridículo”. Foi com este enorme elogio que o norte-americano The New York Times, um dos jornais mais influentes do mundo, começou este artigo.


9 comentários:

mario carvalho disse...

é um atestado de incompetencia e de 3º mundismo aos responsáveis locais...

como digo há muito..é comparável à Nigéria..

UMA VERGONHA.. para os Responsáveis e para os que neles votam............

Anónimo disse...

Até hoje, salvo raras exceções, o Vale do Douro, só tem servido para os "estrangeiros" enriquecerem o seu património à nossa custa, ficando assim, muitos vinicultores portugueses à mercê deles. Se não é assim, pergunta-se: afinal quem tinha 3 ou mais hetares de terra junta para renovar a vinha? Que falta nos faz a Dª. Antónia Ferreira! Por isso, já é tempo dos "moradores" assíduos do Palácio de S. Bento acordarem desta letargia empreendedora, aliás, como agora se diz.

Anónimo disse...

Só os camelos que nos têm representado é que ainda não deram conta!

Anónimo disse...

Somos um concelho deveras interessante!
"A lenda do papagaio e seus lacaios mudos".

O papagaio anunciava e os lacaios mudos aplaudiam...
Papagaio - Vou construir um Centro Cívico!
Lacaios: UhUhUhUhUh. Salva de palmas.
P: Vou desenvolver as Termas de S. Lourenço!
Lacaios: UhUhUhUhUhU. Salva de palmas.
P: Vou construir piscinas cobertas!
L: UhUhUhUhUhUhUh. Salva de palmas.
P: Vou construir um cemitério novo!
L: UhUhUhUhUhUhUh. Salva de palmas.
O papagaio foi-se embora e os lacaios mudos levantaram a cabeça e viram que o S. Lourenço estava pior,... o Centro Cívico não abriu,... que o Cemitério novo parece velho e que as piscinas cobertas estavam fechadas!
Na despedida uma salva de palmas porque o UhUhUhUhUhUhUh foi tão baixinho que mal se ouviu. Desde então os lacaios mudos como que por milagre começaram a falar ainda que baixinho...

Isto tem muito a ver com este frio...
Fomos esta madrugada a Vila mais fria de Portugal Continental (-9,5º)o que para os lacaios novos e para os multicor é um verdadeiro feito digno de nota elevada.
Tal como a paisagem do Douro, o frio é também uma obra da natureza!
... Há pessoas que não sabem porque hà massa que congela com mais facilidade!

Ateu Versão/2012

Obs:. Ainda há quem venere o papagaio.

Anónimo disse...

Não há escolha,
são todos papagaios bem falantes,
Venha o diabo e escolha !

Desta forma, ficaremos mais POBRES e GELADOS...

Não há volta a dar !!!

Anónimo disse...

José Silvano pode vir a ocupar a função de director executivo Artur Cascarejo é o presidente nomeado da Associação de Desenvolvimento do Vale do Tua (ADVT) para o primeiro ano de funcionamento. O presidente da Câmara de Alijó vai acumular funções com as de presidente da Associação de Municípios do Vale do Douro … (RBA)

Os coelhos.... lá vão saindo da toca.Tinham dúvidas?

Anónimo disse...

Mas o cascarejo não é PS de sete costelas...

Anónimo disse...

E que diferença faz? Quando toca a cuidar da vidinha, são todos camaleões!....e nós camelóides...

mario carvalho disse...

http://jornal.publico.pt/noticia/04-02-2012/descolonizacao-de-trasosmontes-23920456.htm

"Descolonização" de Trás-os-Montes
Por Alberto Aroso

Engenheiro

Público dia 4 de Fevereiro
Debate O futuro do Vale do Tua

Desde a década de oitenta, a região de Trás-os-Montes tem sido espoliada dos seus facilitadores económicos, entre os quais o caminho-de-ferro, fruto das políticas adoptadas que acabaram por ditar a diminuição da actividade económica, ficando condenada a uma morte lenta...


Fruto do abandono gradual da região, a mesma vê-se, presentemente, esvaziada de gente e com uma actividade económica moribunda, em que apenas a agricultura e o turismo ainda têm alguma expressão, estando à vista a sua extinção, por via da transformação do IP4 numa auto-estrada com custos para o utilizador, descontextualizada da realidade actual da economia de Trás-os-Montes, uma vez que as poucas empresas existentes já não têm capacidade de criação de valor suficiente para incorporar os custos associados às portagens, além de que estas representam uma barreira às viagens de turismo.


Não obstante ser este um cenário já por si bastante recessivo, o risco de ser retirado ao Douro vinhateiro o desígnio de Património da Humanidade, por via da construção da barragem do Tua, fará com que Trás-os-Montes se confronte com uma situação ainda mais difícil, porquanto a criação de valor associada à mesma será inferior àquela que adviria da exploração turística integrada do vale do rio Tua com o caminho-de-ferro que o percorre, cenário que nunca foi avaliado no Estudo de Impacte Ambiental e que se enquadra no touring cultural e paisagísticoe touring da natureza, eixos prioritários na aposta turística portuguesa.


Considerando os impactos e externalidades económicas negativas e irreversíveis, decorrentes da construção da barragem e do consequente risco de o Vale do Douro deixar de ser Património da Humanidade, das perdas que isso representará para a já débil economia local e a destruição definitiva e irreparável do Vale do Tua, os custos associados à suspensão imediata da mesma serão bem inferiores.


Atentos os impactos negativos referidos, a escolha recai entre dois cenários possíveis: a destruição do património natural único e de valor incalculável do Vale do Tua associada ao risco da perda de uma distinção da UNESCO, ou a preservação do mesmo, acrescentando aos dois desígnios já existentes na região - o Vale do Douro e as gravuras rupestres do Côa - um terceiro que se traduziria na candidatura da Linha do Tua a Património da Humanidade.


A suspensão imediata da construção da barragem do Vale do Tua torna-se, portanto, óbvia, sendo a única opção de bom senso. E se ainda subsistem dúvidas, os fundamentos que podem suportar tal decisão deverão ser estudados, nomeadamente no que respeita aos respectivos impactos económicos, caso contrário, estaremos perante mais uma decisão fatalmente penalizadora para Trás-os-Montes, para o Vale do Douro e para os seus habitantes, e mais um passo para a respectiva "descolonização" irreversível.


Por último atrevo-me a citar uma frase do livro Comboios Portugueses - Um Guia Sentimental, de Francisco José Viegas: "Agreste a travessia dos vales ao longo do Tua. (...) São paisagens únicas, deslumbrantes, algumas delas apenas acessíveis ao comboio". Nem a magnífica leveza do traço de Souto Moura será suficiente para atenuar a ferida que já cresce...