29 dezembro 2011

TDT, o quê?

 A partir de Janeiro o sinal analógico da TV terrestre vai começar a ser desativado. Os portugueses que compraram televisão sem descodificador terão de adquirir um aparelho para continuar a ver os quatro canais generalistas, isto é, apesar de lhes continuar a ser faturada a taxa de radio e televisão terão de realizar novas despesas. Para os pensionistas com menores rendimentos e algumas pessoas mais desfavorecidas,o valor do subsídio é de 50% do valor de aquisição do equipamento descodificador TDT, até ao máximo de 22 €. São, em média, 77 euros mais IVA. 55 euros é muito dinheiro para quem tenha reformas de pouco mais de 200 euros ou para quem esteja desempregado.

Pior: quem tenha um televisor sem tomada SCART ou HDMI terá mesmo de comprar uma televisão nova ou um modulador de sinal, não comparticipado. E não podemos esquecer todos os que vivem nas zonas não cobertas pela TDT (cerca de 13% da população) que terão de de usar o satélite.
Visto o mapa, até 26 de Abril, vá-se preparando. Nesta data ocorre o apagão total.

Esta passagem do analógico ao digital nada traz de novo, porque continuará apenas a ver os quatro canais, e mais nada! Com um pouco de sorte se direccionar a antena para a Marofa verá também os canais espanhóis. Não seria razoável, já que todos pagamos a nossa querida RTP, disponibilizar a todos os portugueses a totalidade dos canais do serviço público de televisão como são a RTPI, a RTP Memória e a RTP Informação? A tecnologia que suporta o digital permitiria, sem qualquer custo adicional esse desiderato. Seria pedir muito? Pois se é do nosso bolso através da taxa que acompanha a fatura da EDP, ou com os impostos do OE, que se subsidia o buraco da RTP  e os bons ordenados dos seus profissionais, não se compreende que tenhamos acesso gratuito a todo o pacote da televisão pública. Apenas teríamos o que nos é devido...

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