Com D.Manuel I ausente em Castela, a regente D. Leonor, sua irmã e 3.ª descendente ao trono, cria em 15 de Agosto de 1498 as Misericórdias portuguesas.
Tratava-se de uma confraria em moldes de Irmandade, em que um grupo de pessoas de boa formação cristã, tomando por modelo o Evangelho de S. Mateus e o princípio de solidariedade expresso por S.Paulo - "trabalhai e suportai as cargas uns pelos outros" - se propunha cumprir os 14 preceitos da Misericórdia Divina.
São sete corporais: curar os doentes, visitar os presos, dar de comer aos famintos e de beber a quem tem sede, vestir os nus, abrigar os pobres e viajantes, enterrar os mortos;
e sete espirituais: dar bom conselho, ser benevolente para os pecadores, consolar os infelizes, perdoar a quem errou, ter paciência para as injúrias, ensinar os ignorantes e rogar a Deus pelos vivos e os mortos.
Os irmãos devem ser escolhidos nos vários estratos da população.
Se a primeira Misericórdia a ser fundada foi a de Lisboa, das mais antigas do país são a de Mirandela (1518, ainda vivia D. Leonor)); e a de S. João da Pesqueira (1569), tais factos devem-se à influencia dos Távoras na Corte, que eram donatários das vilas referidas.
A Misericórdia de Carrazeda nasce em 6 de Setembro de 1939 e tem, segundo o seu sítio, 178 irmãos.
1 comentário:
Tende misericórdia Senhor de todos os "chefezinhos" das Misericórdias Portuguesas!
Dou os parabens ao Prof. Mesquita por ter introduzido esta discussão no seu blogger, quando mais não seja para serem feitos certos alertas, que estou certa(o), não deixarão de existir;
Quando falo de "chefezinhos" já toda a gente entendeu que não me refiro aos provedores e restantes membros executivos competentes das MPortuguesas;
Se não merece grande discussão a razão ou razões que estiveram na base da sua criação, o que enormemente APLAUDO, já a sua continuidade, como acontece com a de Carrazeda, deixa no mínimo muitas dúvidas, pelo menos de clarividência, transparência na sua administração...
Ninguém sabe ao certo o que se ali passa e a admissão dos chamados irmãos (sócios se assim se lhes pode chamar)é de uma atrocidade cívica a todos os títulos, dragoniana!
Não venham dizer-me que é dos estatutos!
A promiscuidade entre estas instituições e a porca da política é por demais evidente e mesmo que os atores de ambos os lados pareçam desavindos, isso só acontece para tapar os olhos aos inocentes...
Quem são os eleitos que fazem parte destas "sociedades"?
Como entram para esta zona selecionada, mas escuramente cinzenta?
Que sabe o povo desta exclusividade social?
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