05 outubro 2009

Anos de Escuridão

Ainda está por se saber se vem aí uma era mais luminosa, na gestão da nossa autarquia. Tudo dependerá da capacidade que tivermos de encontrar a luz que nos ilumine a caminho do futuro que merecemos. Sinceramente não sei se temos gente que tenha esta aspiração e capacidade para nos ajudar a consegui-lo. Na realidade a tarefa é árdua.
Dificilmente seria possível arrancar deste ponto de partida. Quando por aí dizem que em primeiro estão as pessoas, julgo que se poderá depreender que, se é preciso sublinha-lo, é porque não tem sido assim. Ou então, a prioridade só tem sido dada a alguns em detrimento de outros e neste caso poderia assumir-se antes “ em primeiro estão todas as pessoas”.
Embora não se use, quando está em causa a coisa pública, eu sou dos que gostam de avaliar, em fim de ciclo, o trabalho dos responsáveis em quem se confiou a liderança.
Muitos sabem como fui crítico da gestão do nosso município nestes últimos 12 anos. Não sendo, nem especialista de gestão, nem um profissional da política, limitei-me a assumir, criticar o que muitos também testemunhavam.
Realmente aquilo que mais me custou sempre, foi sentir que houve medo, houve submissão, houve desonestidade, houve subjugação, houve opressão, houve omissão, houve tirania, houve falta de ética, houve pressão psicológica, em suma não houve democracia. Por isso é que foi tão pouca a participação cívica de todos.
Seria penoso para mim recordar agora os milhares de exemplos que podem testemunhar o que disse. Por sorte minha, não terei sido dos que mais sofreram as consequências deste período de trevas por que tem passado o nosso concelho.
Vamos agora acreditar que havemos de ter forças para demonstrar que somos tão capazes como os outros se estivermos unidos na defesa dos nossos interesses maiores. Havemos de provar que, com iguais condições e direitos, seremos tão competentes e criativos como os melhores. Mas sobretudo havemos de saber reatar o nobre sentido cívico de participar activamente na construção colectiva que é o trabalho autárquico.
O facto de ter sido possível a participação de tantos projectos de candidatura, nas próximas eleições é um primeiro bom sintoma, apesar de alguns dos protagonistas.
Para que possamos dizer – ditadura nunca mais.

6 comentários:

Anónimo disse...

No final de mais um DIA que a luz se faça na rua, em cada casa, em cada freguesia, em cada consciência adormecida por tantos anos de escuridão. MJFiel

Anónimo disse...

"FELIZMENTE HÁ LUAR" - Stau Monteiro
A mesma Luz permite-nos ver o que está bem e o que está mal, embora possa haver interpretações diversas em cada realidade. Em consciência assiste-nos o direito de qualificar as acções praticadas pelos outros e por nós próprios. Não podemos, no entanto, esquecer que os outros fazem porque nós permitimos, porque nos acomodamos, porque se estiver mal, poderemos sempre alegar "...foi ele que fez..!"

Anónimo disse...

Curiosamente, alguns sentiram-se bem à luz dessa escuridão e continuam, acordando apenas nestes períodos que antecedem os actos eleitorais.É curioso como em alguns meios as pessoas se organizam e contribuém para o bem estar da sociedade, cumprindo uma missão que cabe por inerência ao cidadão, sem preconceitos de cor política.Carrazeda tem o nº de residentes idêntico a qualquer aldeia do litoral e essa mesma aldeia organiza-se socialmente com base nas formas associativas que desenvolvem os diversos sectores, apoiados também pelas suas cãmaras.Em Carrazeda toda a gente chora,carpindo contra o Município, até os mais capazes e cultos, não havendo de cada um o impulso consciente para fazer mais pela sua terra.É melhor carpir, do que fazer.

Anónimo disse...

Na verdade o Povo do Concelho de Carrazeda tem sido demasiadamente acomodado principalmente à duas décadas para cá.Passaram-se casos que se fosse noutras localidades não haveria quem os os fizesse calar,isto prova bem como as pessoas se desinteressam pelo desenvolvimento da sua terra, umas por ignorância, outras porque lhes dá geito ao aproveitarem-se para bem próprio que é o que mais se tem visto,hasteiam bandeiras correm o Concelho de lés a lés só e únicamente com a ideia de conseguirem um tacho.Se olhassem bem para as suas aldeias e sede de concelho certamente pensariam de forma diferente,quero eu dizer o que poderiam ser e não são por incompetência daqueles que eles apoiaram e que tão mal representaram o seu papel de governantes.Somos um Concelho pequeno é certo,mas quanto mais pequena é a casa melhor se arruma e o que nós verificamos é que temos um Concelho completamente destruido por um enorme défice de que também não podem ser excluidos da culpa alguns dos Candidatos às Eleições do próximo Domingo,PSD,PS E A CANDIDATA INDEPENDENTE,uns porque fizeram parte dos órgãos áuttarquicos, outros porque como Oposição não conseguiram apresentar propostas e ocupar o seu lugar.

Anónimo disse...

Ó Povo que talhas no rio
As tábuas do teu caixão!
(...), (...), (...).

Anónimo disse...

Não é "talhas", mas sim: "lavas", caro(a) anónimo(a)!