SÊ SOLIDÁRIO E FOGE AO EGOÍSMO
Vêem aí as
vindimas, o tempo promete ficar bom e em breve assistimos ao movimento de carros e de gente que nas encostas do Douro, vai cortar as uvas que se oferecem generosas ao olhar dos vindimadores.
O transporte é feito em pequenas caixas plásticas, para não prejudicar a qualidade, chegando intactas aos lagares, onde aí sim são esmagadas para produzirem o delicioso néctar que vai dar origem ao famoso vinho do Porto.
As características deste vinho são ùnicas no Mundo, pois estamos a falar da Região Demarcada do Douro com mais de 250 anos de existência.
As Quintas dos Ingleses e as casas exportadoras reuniram-se à semelhança dos anos anteriores e ditaram o preço do vinho “excedentário do benefício” a que cada viticultor tem direito.
Foi importante o papel que a Casa do Douro desempenhou na defesa dos pequenos viticultores que se encontram na região , graças ao papel da Casa do Douro o lavrador sabia o preço que vinha a receber naquele ano e respeitante àquela vindima, pela venda das uvas. Por outro lado, ao fabricar vinho para consumo próprio ou para venda e não o conseguindo a Casa do Douro, escoava esse vinho para queimar nas suas instalações – destilarias – produzindo assim uma “aguardente vínica de superior qualidade” necessária à produção do vinho do Porto.Hoje já nada disto existe, são àguas passadas que deixam saudade.
Mudam-se os tempos, mudam-.se as vontades e nesta azáfama de mudança, os Produtores-Exportadores, os donos do douro algumas firmas portuguesas e inglesas, têem nas suas Quintas a produção garantida para serem auto-suficientes e não necessitarem de compra uvas aos pequenos viticultores, os quais encontram em cada ano que passa maiores dificuldades com a comercialização das uvas. Ainda é garantido o direito ao beneficio , mas o quantitativo a beneficiar vem diminuindo de ano para ano. As uvas excedentes ao preencimento da litragem, são pagas a preço de vergonha, que não compensa o trabalho, pelo contrário desmoraliza.
Aqui chegados e nada de novo foi dito. Na minha aldeia dirão alguns, a “ CASA X” – nem pagou mal, já a” CASA Y” e a “ CASA Z” foi horrivel, o meu vizinho zé queixa-se e com razão, é um moiro a trabalhar para nada. Tu que és compensado pelo teu trabalho, já falaste ao vizinho Zé, na casa onde vendes as uvas e que até paga bem? Tens medo de quê?!!... Que não comprem as tuas uvas pelo aumento da produção?!!
E tu Zé, já falaste ao António e ao Luis, para fazerem uma reunião com todos os viticultores da aldeia, apresentando casos concretos, procurar soluções, e protestar contra o modo como a Direcção da Cooperativa do vinho, - que foi eleita pelos lavradores – está a fazer um mau trabalho, dando sugestões e ideias para que as coisas corram bem para todos, a isto chama-se solidariedade e nos tempos que correm faz muita falta.
O transporte é feito em pequenas caixas plásticas, para não prejudicar a qualidade, chegando intactas aos lagares, onde aí sim são esmagadas para produzirem o delicioso néctar que vai dar origem ao famoso vinho do Porto.
As características deste vinho são ùnicas no Mundo, pois estamos a falar da Região Demarcada do Douro com mais de 250 anos de existência.
As Quintas dos Ingleses e as casas exportadoras reuniram-se à semelhança dos anos anteriores e ditaram o preço do vinho “excedentário do benefício” a que cada viticultor tem direito.
Foi importante o papel que a Casa do Douro desempenhou na defesa dos pequenos viticultores que se encontram na região , graças ao papel da Casa do Douro o lavrador sabia o preço que vinha a receber naquele ano e respeitante àquela vindima, pela venda das uvas. Por outro lado, ao fabricar vinho para consumo próprio ou para venda e não o conseguindo a Casa do Douro, escoava esse vinho para queimar nas suas instalações – destilarias – produzindo assim uma “aguardente vínica de superior qualidade” necessária à produção do vinho do Porto.Hoje já nada disto existe, são àguas passadas que deixam saudade.
Mudam-se os tempos, mudam-.se as vontades e nesta azáfama de mudança, os Produtores-Exportadores, os donos do douro algumas firmas portuguesas e inglesas, têem nas suas Quintas a produção garantida para serem auto-suficientes e não necessitarem de compra uvas aos pequenos viticultores, os quais encontram em cada ano que passa maiores dificuldades com a comercialização das uvas. Ainda é garantido o direito ao beneficio , mas o quantitativo a beneficiar vem diminuindo de ano para ano. As uvas excedentes ao preencimento da litragem, são pagas a preço de vergonha, que não compensa o trabalho, pelo contrário desmoraliza.
Aqui chegados e nada de novo foi dito. Na minha aldeia dirão alguns, a “ CASA X” – nem pagou mal, já a” CASA Y” e a “ CASA Z” foi horrivel, o meu vizinho zé queixa-se e com razão, é um moiro a trabalhar para nada. Tu que és compensado pelo teu trabalho, já falaste ao vizinho Zé, na casa onde vendes as uvas e que até paga bem? Tens medo de quê?!!... Que não comprem as tuas uvas pelo aumento da produção?!!
E tu Zé, já falaste ao António e ao Luis, para fazerem uma reunião com todos os viticultores da aldeia, apresentando casos concretos, procurar soluções, e protestar contra o modo como a Direcção da Cooperativa do vinho, - que foi eleita pelos lavradores – está a fazer um mau trabalho, dando sugestões e ideias para que as coisas corram bem para todos, a isto chama-se solidariedade e nos tempos que correm faz muita falta.
4 comentários:
Oh Manuel Pinto: solidariedade é uma palavra que cai bem e é bonita, mas não passa daí, tu sabe-lo bem. MJFiel
Óh Manel:
O "beneficio" dos pequenos é para acabar.
O Engº Sócrates só ainda o não fez e não fechou a Casa do Douro porque vê nesta mamadeira uma descriminação positiva para as gentes do interior e acho que bem.
É obvio que o importante para os pequenos é o papel porque os excedentes de produção dos grandes produtores não tardará a cobrir o tecto da litragem de beneficio. Quando assim for "Adeus vindima".
Solidariedade??????
Foi um dos princípios do nascimento da Casa do Douro.
Mas coitada, foi metida na gaveta por todos, Mesquita Montes, etc.etc. e foi substituída por favorecimentos no sentido dos grandes produtores.
Acho que as pessoas só têm que se queixar delas próprias pois foram elas as primeiras a furar a rede.
Ass. Postal (é que é importante)
O "postal" foi e é importante para muita gente. Matou fome e sede a muita gente, educou muitos Portugueses e deu trabalho, mesmo que penoso, a outra tante gente!
Pena tem sido que das atribuições políticas imputadas aos "nossos" autarcas, esta vertende não tenha sido uma das de 1ª linha na defesa dos seus municípes c/ "postal" e que tantos são.
Disso nunca se lembraram estes impinados em sabedoria saloia!
Este último comentário é espetacular!
PARABÉNS!
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