19 outubro 2007

Acabem com isso

Metade dos concelhos do distrito de Bragança não têm verbas atribuídas no plano de investimentos do Estado, o que para alguns autarcas visados “é irrelevante, como o próprio PIDDAC”.

“Acabem com isso, o PIDDAC não serve para nada”, defenderam, em declarações à Lusa, os presidentes das câmaras de Vila Flor e Carrazeda de Ansiães, o socialista Artur Pimentel e o social-democrata Eugénio de Castro.
Estes concelhos, e mais quatro dos 12 do distrito de Bragança, não têm qualquer dotação orçamental no PIDDAC para 2008. O concelho de Vila Flor está nesta situação pelo segundo ano consecutivo, mas o autarca local garante que “nem por isso deixa de ter obra”. “Já no ano passado não tinha verbas no PIDDAC e Vila Flor tem três obras financiadas pelo Estado”, disse Artur Pimentel.
As obras a que o autarca socialista se refere são a remodelação do centro de saúde, no valor de um milhão de euros, a conservação de 11 quilómetros de uma estrada e um campo de futebol. O autarca social-democrata da Câmara de Carrazeda de Ansiães dá outro exemplo que considera “caricato”, o do centro de saúde daquele concelho que ficou conhecido por a obra se arrastar durante largos anos. Eugénio de Castro lembrou que durante anos o centro de saúde teve “largas dezenas de milhares de contos em PIDDAC e que foi feito justamente quando só lá tinha uns 20 mil euros atribuídos”. “Esta é uma prova prática da relevância do PIDDAC”, afirmou o autarca. Por isso, sustentou, “este documento do Orçamento de Estado não faz nenhum sentido e não se justifica”.
Os dois autarcas transmontanos sustentam que existem programas alternativos para obras de maior relevância e frisam, pela sua experiência de vários anos à frente das autarquias, que “constar do PIDDAC não é sinónimo de concretização”. “O PIDDAC é só uma arma de arremesso político”, considerou o socialista Artur Pimentel.
no PJ

Não seria melhor, que os programas estatais reflectissem mesmo os reais investimentos. Se não acabe-se com o PIDDAC, o FEF, os impostos, o organização do estado... Viva a anarquia.

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