01 junho 2007

Quem sabe?!

- Jamais saberei quais as responsabilidades que terei tido com o “sisma” que “neste espaço” terá acontecido recentemente. E no entanto bem desejaria de saber.
Agora que o projecto parece voltar a assumir “nova vida” sobre uma maior responsabilidade do Sr. Professor José Alegre gostaria de voltar a participar, visto que os objectivos do Blog “Pensar Ansiães” se mantêm.
Pretendia assim começar por dizer que entendo, que a minha participação, num projecto que não me pertence, esteja condicionada aos objectivos que este persegue e dependa da aceitação do seu proprietário. Mas pretendo sobretudo deixar vincado que sendo a minha participação livre será também sempre assumida inteiramente por mim, em tudo o que de consequente esta participação trouxer. Servirá pois a presente para notificar sobre a minha inteira responsabilização por tudo que eu aqui venha a expressar.

Sei bem o quanto custa lutar para se ser livre e igual. Evidentemente que sempre estamos sujeitos a errar e eu também erro. Mas o que aqui se reivindica é a assumpção da responsabilização sobre os erros que se cometem. Possivelmente e no que respeita ao papel que aqui assumi, se esta premissa fosse assumida, reduziria drasticamente os temas que gosto de tratar.
Faltará talvez arranjar uma justificação suplementar para, fundamentar a minha participação junto daqueles que julgarão que estou com segundas intenções. A justificação pode ser a de que por princípio, estou sempre ao lado dos pobres, dos fracos e dos desprotegidos.

Para dar o mote da minha participação decidi apoiar-me em citações do livro “Ecce Homo” de F. Nietzsche que na pag. 5, se refere aqueles que… “À semelhança de quem nunca viveu entre os seus iguais e para quem o conceito “ retribuição” é tão inacessível como, por exemplo o de “ igualdade de direitos”…O meu tipo de retribuição consiste em enviar contra a manifestação de estupidez, o mais depressa possível, uma manifestação de sagacidade: desse modo, posso, talvez, superá-la. Recorrendo a umas metáforas: envio um boião de compota para me livrar de uma situação azeda… Penso também que a palavra mais rude, a carta mais agressiva são mais amáveis, mais honestas do que o silêncio. Quem guarda silêncio quase sempre carece de subtileza e de delicadeza de coração; o silêncio constitui uma objecção e engolir em seco produz necessariamente, um mau carácter - até afecta o estômago. Todos os que se refugiam no silêncio são dispépticos. Não pretendo, como se verifica, que se menospreze a impertinência, pois é a forma mais humana de contradição e, no meio de nossa pusilanimidade moderna, uma das virtudes mais notáveis….”

Hélder Carvalho

2 comentários:

José Martins disse...

Caro Hélder,

É com grande apreço que constato o seu regresso à escrita no blog.

Concorde-se ou não, goste-se mais ou de menos, as palavras as opiniões e as críticas são mais do que necessárias na nossa terra esquecida, que persiste na cegueira e na surdez, como se do mundo temesse.

Mas também é certo que quando na crítica, misturamos humor e analogias, aumenta necessariamente a capacidade de encaixe dos criticados...

Têm certamente que ser os mais aptos e capazes a adaptarem-se, caso contrário estaremos a cometer o mesmo erro, ou no caso pior, porque aparentemente éramos os mais aptos.

Anónimo disse...

Juntos formarão uma boa dupla!

Não desistam o povo Carrazedense aprecia as vossas qualidades, PERDEDORAS...

laranja