13 junho 2007

Preocupações

A Diocese de Bragança receia que possa estar a surgir uma vaga de furtos de arte sacra depois de dois assaltos em que desapareceu a imagem de um dos mais emblemáticos padroeiros da região. Os devotos de Santo Antão da Barca, em Alfândega da Fé, deram pela falta da imagem do padroeiro na última sexta-feira. Ninguém sabe ao certo quando terá ocorrido o assalto em que desapareceram também uma outra imagem, castiçais e pequenas peças religiosas.
Este é o segundo assalto, em pouco mais de um mês, a santuários isolados na Terra Quente Transmontana. O primeiro ocorreu em Grijó, Macedo de Cavaleiros, segundo disse o presidente da Comissão Episcopal de Arte Sacra da Diocese de Bragança, Delfim Gomes. "Preocupa-nos que esteja a começar na nossa diocese o que se passou há uns anos no Alentejo", frisou.
Os dois assaltos estão a ser investigados pela Polícia Judiciária, que é parceira da diocese num processo de levantamento e inventariação de todo o património religioso. O processo começou este ano e vai prolongar-se por oito anos, segundo o responsável. De acordo com Delfim Gomes, nos dois concelhos onde ocorreram os furtos o processo já está em fase adiantada, concluído em Macedo de Cavaleiros e em fase de conclusão em Alfândega da Fé. As peças roubadas, algumas centenárias, como a imagem de Santo Antão, do século XVIII, estão devidamente fotografadas e documentadas.

Lusa

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