01 junho 2007

Choque tecnológico


O senhor primeiro-ministro anunciou ao país computadores e banda larga quase grátis para meio milhão de portugueses. A medida vai contemplar estudantes, professores e outros trabalhadores da área da educação. Os objectivos são o de generalizar as novas tecnologias, particularmente às famílias mais carenciadas. O Governo de José Sócrates desejará que a Internet e a banda larga sejam “um bem público essencial, de acesso universal, tal como o foram no século passado a luz e o telefone".

O que se teme é que, como no passado, as regiões do interior do país sejam também preteridas no acesso a estes bens, ditos essenciais. Não custa o mesmo aceder à banda larga, ou se navega com igual velocidade, numa vila ou aldeia do interior e no litoral do país. Por estes lados o acesso é quase um monopólio da linha fixa da PT que exige para além do custo da ADSL o pagamento da taxa de telefone e fornece serviços inferiores ao resto do país. Se as oportunidades não são iguais deviam também ser corrigidas. Em tempo de encerramentos de serviços públicos, Portugal torna-se um país muito centralizado e concentrado e as novas tecnologias de informação e comunicação podiam contribuir sobremaneira para atenuar essa situação. Elas seriam essenciais para ultrapassar muitos dos estrangulamentos da interioridade, melhorar e simplificar procedimentos com a administração pública e aproximar-nos dos centros de decisão. E se as ditas transportam múltiplas vantagens para que as regiões limítrofes atenuem distâncias e constrangimentos, então seria também necessário um “choque tecnológico” no interior do país.

1 comentário:

PILOTO disse...

Que porreiro, e se inventassem a por um sinal gps nos cornos das cabras para ñ as perdemo-las au para ñ faltaremos as feiras,ou assentadinhos nos sofas quanto elas la andam a pastar(o pouco que ha)assim sabiamos sempre aonde estão.