01 fevereiro 2007

Mentiras Piedosas de Janeiro IIII

- A já longa discussão dialéctica que se vem fazendo, é a de sabermos se Nosso Senhor voltará a passar por aqui. No âmbito desta discussão integra-se a ideia de promover palestras partilhadas, pelo nosso Presidente da Assembleia. Com sorte hão-de resultar muitas sugestões e ideias que serão patenteadas e depois vendidas a quem as solicitar.

-Em contraponto à proposta de redução de três para duas, as Feiras do concelho, propõe-se aqui a manutenção das três só que uma passaria a ser uma “feira de vaidades”. Esta poderá ser a última do mês, altura em que, recebido o ordenado se possa já, andar no descapotável, ir à cabeleireira ou à manicura, levar ao veterinário o cãozinho, ir ao salão de chá ou ao spa relaxar um pouco.

- Ainda no referente à promoção de mais dinâmica nas nossas Feiras, sugere-se o retorno às tradições do passado e à contratação, se não vierem por convite, de “vendedores de banha da cobra”, saltimbancos, tocadores de acordeão e ceguinhos poetas e cantadores de histórias.

- Entretanto sabe-se já que a comunidade de comerciantes chineses é a grande entusiasta de que se acabe com as feiras do concelho.

- Reina alguma polémica na freguesia do Pombal a propósito da construção do Lar de Idosos. Dizem os do lado de lá que o que se constrói de bom, é feito do lado de cá. Mas como vingança também dizem que os que vão para o Lar, construído do lado de cá, já de lá não voltam.

- Contudo a opinião geral é a de que se é muito bem tratado no Lar. O reparo vai apenas para a altura das pernas das camas de dormir. Dizem os que já experimentaram que são muito altas para se cair da cama abaixo.

- A nossa vila vem melhorando a qualidade do Design de mobiliário público. Depois da implantação da verdadeira obra de arte de que se dá o exemplo do “placard” publicitário em frente á praça do município, é agora a vez dos novos candeeiros de iluminação pública, dos novos vidrões e das novas papeleiras e “canta cucos”. Só falta saber se, se vão manter os contrastes por exemplo, com os candeeiros da praça D. Lopo, ou os canteiros suspensos da C.M.

- Também os nossos comerciantes do centro da vila começam a sentir-se mais agradados com as obras em andamento. Efectivamente com a largura com que estão a ficar os passeios já é possível prever que vai ser mais fácil de que até aqui, expor os produtos que vendem cá fora

- Admiraram-se de em Odemira se demorar 7 horas para levar um doente de urgência a um hospital central. Aqui só para uma consulta de urgência chega a esperar-se 4 horas. Para melhorar as condições de espera prevê-se, agra em definitivo, a instalação nos serviços de máquina de café, chá e refrigerantes. Em espaço exterior será também instalada uma “roulotte” que servirá bifanas, farturas e coiratos na hora.

- Espera-se para breve a abertura de mais um concurso na nossa C.M. para o preenchimento do lugar de Simplex. O perfil traçado para a candidata é o de que deverá ser jovem, bem intencionada e com vontade de fazer.

- Já foi garantido que o projectista do Centro de Interpretação do Castelo, em construção no fundo da Vila, não é o mesmo que fez o projecto do Museu Rural do Vilarinho.

- Está provado que é preferível “polir o cágado” do que “atacar o mal pela raiz”. Assim prevê-se para breve mais uma obra ornamental e previsivelmente funcional para uns poucos, na nossa querida terra. Trata-se de um forno crematório, climatizado.

- A moda já pegou junto dos funcionários municipais. Quando aparece algum a fazer uma exigência ridícula, a exigir mais um papel, ou a fiscalizar o outro, é costume replicarem – “ rogai-lhe por nós”.

- Antes “pacatos” que “tagarelas”, porque o resultado seria o mesmo. É a réplica que chega dos nossos Elementos da Assembleia Municipal” em resposta à alcunha que lhes foi dada.

- Perante a realidade está a tornar-se difícil para os programadores do “ Carnaval em Carrazeda”, organizarem as suas “charadas” e destacarem os temas mais pertinentes para construírem as suas alegorias. Há até quem, na falta de melhor ideia, já tenha proposto que seja a Cabra a substituir o Pai da Fartura no acto da implosão da noite de Carnaval.

Hélder Carvalho

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