«A alteração do traçado da auto-estrada entre Viseu e Chaves, com um custo adicional de 100 milhões de euros, deve-se a uma falha de planeamento, disse ontem à Lusa o Instituto de Conservação da Natureza.
“A necessidade de rectificação do traçado da A24 na zona de Vila Pouca de Aguiar decorre de um problema de planeamento rodoviário que não acautelou a realização de um estudo prévio de impacto ambiental”, afirmou Sandra Moutinho, do gabinete de comunicação do Instituto de Conservação da Natureza (ICN).
A rectificação “não decorre da existência de uma alcateia de lobos” em Vila Pouca de Aguiar, que obrigou a alterar o traçado, mas sim de um problema de planeamento, precisou a fonte.
O jornal “Público” afirma na edição de ontem que uma alcateia constituída por sete lobos obrigou a concessionária Norscut a desviar o traçado previsto no contrato de concessão e à construção de um viaduto com 1.350 metros de extensão, o que vai implicar um custo adicional, a pagar pelo Estado, de 100 a 150 milhões de euros.
O ICN refere que o cumprimento da legislação comunitária em termos ambientais, condicionante do financiamento europeu, impôs a alteração do traçado base que previa a passagem da A24 por uma zona integrante da Rede Natura.
O Governo de António Guterres avançou para a adjudicação desta auto-estrada sem custos para o utilizador (SCUT) sem acautelar que o traçado definitivo tinha um estudo prévio de impacto ambiental, razão pela qual os aumentos de custos decorrentes das alterações de traçados por motivos ambientais têm se ser suportados pelo Estado, de acordo com a lei em vigor, referia o jornal Público. »
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