É preciso apoderarmo-nos das coisas para lhes extrairmos as visibilidades
Faucault
Esta citação vem a propósito da inauguração em Carrazeda, de uma obra de escultura da autoria de Michael Warren, integrada no chamado MIECAL Se calhar até tenho a obrigação e o prazer de saber quem é este Escultor, que características e importância, tem a sua obra e o valor da escultura que se inaugura. Integrando-me entre o comum dos mortais, considero contudo natural que a maioria das pessoas da minha terra não saberão facilmente, sem recorrer a uma ajuda, qual o seu significado e a sua razão.
Julgo que lhes é devido este direito tão simples de os ajudar, até onde for possível, a entenderem as mensagens desta obra para que até onde pudessem, soubessem recepcioná-la e dialogar com ela á sua maneira. Assim estou céptico sobre a reacção que a escultura vai ter. A pior recepção é sempre a da indiferença. Esta não provocará controvérsia. Será este o objectivo que se pretende?
Estou convencido de que bastaria ás pessoas passarem os olhos, como eu passei, por um livro excepcional com fotografias das obra deste Escultor, para darem outro sentido e atenção á obra que, a partir de agora nos vai fazer companhia.
È evidente que aqui a culpa não é do Escultor que terá tido a atenção de nos oferecer este seu trabalho, que á partida se devia saber agradecer. A culpa é de uma visão desatenta e negligente (ou será ignorante!), dos responsáveis autárquicos que tradicionalmente jogam com a natureza simples das pessoas, sem cuidar de encontrar a melhor forma de as motiva, a participar na acção cultural que lhes cumpre dinamizar. Fica-me o consolo e o privilégio pessoal de desfrutar este trabalho no contexto rigorosamente delimitado em que foi inserido.
Faucault
Esta citação vem a propósito da inauguração em Carrazeda, de uma obra de escultura da autoria de Michael Warren, integrada no chamado MIECAL Se calhar até tenho a obrigação e o prazer de saber quem é este Escultor, que características e importância, tem a sua obra e o valor da escultura que se inaugura. Integrando-me entre o comum dos mortais, considero contudo natural que a maioria das pessoas da minha terra não saberão facilmente, sem recorrer a uma ajuda, qual o seu significado e a sua razão.
Julgo que lhes é devido este direito tão simples de os ajudar, até onde for possível, a entenderem as mensagens desta obra para que até onde pudessem, soubessem recepcioná-la e dialogar com ela á sua maneira. Assim estou céptico sobre a reacção que a escultura vai ter. A pior recepção é sempre a da indiferença. Esta não provocará controvérsia. Será este o objectivo que se pretende?
Estou convencido de que bastaria ás pessoas passarem os olhos, como eu passei, por um livro excepcional com fotografias das obra deste Escultor, para darem outro sentido e atenção á obra que, a partir de agora nos vai fazer companhia.
È evidente que aqui a culpa não é do Escultor que terá tido a atenção de nos oferecer este seu trabalho, que á partida se devia saber agradecer. A culpa é de uma visão desatenta e negligente (ou será ignorante!), dos responsáveis autárquicos que tradicionalmente jogam com a natureza simples das pessoas, sem cuidar de encontrar a melhor forma de as motiva, a participar na acção cultural que lhes cumpre dinamizar. Fica-me o consolo e o privilégio pessoal de desfrutar este trabalho no contexto rigorosamente delimitado em que foi inserido.
Hélder Carvalho
Sem comentários:
Enviar um comentário