02 novembro 2005

Problemática dos ciganos

Com a descrição do Abade de Baçal se poderá ter uma ideia de muitos dos preconceitos que nos acompanharam e acompanham no relacionamento com este grupo étnico. Vejamos:

“vagueiam de povoado em povoado, no intervalo das feiras, hordas de ciganos que vivem cumulativamente da pilhagem, pois não se sujeitam a trabalho algum por mais remunerador que seja; da exploração da mendicidade que cultivam instintivamente com requintes de tenacidade irresistivelmente enfadonha, aborrecida e teimosa, a ponto de se agarrarem às portas das casas e não saírem por mais que se lhes diga -vão com Deus - sem forçadamente obter esmola, e de intrujar os lavradores e proprietários aos quais impingem os únicos bens que possuem -gado asinino e cavalar podre e mazelado igualmente sustentado pela rapina ou pela pedinchice -em trocas e vendas”.
(…)
“casam todos ou se amancebam e são mui prolíficos-procrear, roubar e intrujar, é a sua vida-de mantimento tudo lhes serve e o mesmo no vestuário quási sempre esfarrapado, imundo e pés descalços”.

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