A temática dos ciganos de Carrazeda é recorrente aqui no blogue e, apesar de diversas tentativas, ainda não teve uma profunda discussão, nem tão pouco uma atenção do poder político tendo em vista a sua resolução.
O “Protestante” ao trazê-la de novo à discussão abre um novo campo de debate tão necessário face à realidade carrazedense.
Aos poucos fomo-los afastando de perto de nossas casas, de modo a esconder as más consciências. Localizados há bem pouco junto do bairro de N.ª Sr.ª de Fátima, empurrámo-los para junto da Zona Oficinal e Artesanal e agora para mais longe, para as antigas minas do Amedo.
O Jornal de Notícias na edição de 26 de Janeiro de 2005 relatava assim as condições de vida da comunidade carrazedense nesse local: "no alto do concelho de Carrazeda de Ansiães, centenas de pessoas improvisam uma espécie de casas abarracadas cobertas de chapas de zinco e revestidas a madeira. O cheiro é nauseabundo. Os esgotos correm a céu aberto. A recolha de lixo só é feita quando Deus quer. Por todo o lado se observam carcaças de carros e outra sucata, como frigoríficos ou fogões..." Há algum tempo, e depois de "muitas insistências", foi instalado abastecimento de água e energia eléctrica. Muitos dos residentes são crianças e idosos, habitam na mesma cabana muitas pessoas e a promiscuidade é intolerável.
A comunidade cigana vive maioritariamente da segurança social e de diversos expedientes. Vendem sucata, criam cavalos e burros, executam cestaria, angariam dinheiro através do jogo nas festas e romarias.
Os dinheiros distribuídos pela Segurança Social atenuaram algumas insuficiências, porém amplificaram as razões para nada fazer e acrescentaram novos problemas - a vadiagem e o desbaratar do pecúlio nos cafés e tabernas da vila.
Na sociedade actual e egoisticamente aproveitamos as instituições públicas e as acções da política para distribuir e manter privilégios das classes privilegiadas e não para resolver os verdadeiros problemas daqueles que necessitam. O que verdadeiramente nos aflige é o emprego para o nosso parente, o subsídio que vai faltar à nossa exploração. O objectivo é assegurar as “mordomias” dos que não têm fome e dos que têm emprego certo.
É esta concepção que nos condena à mediocridade e à gestão no fio da navalha da cada vez menos riqueza produzida.
A nobre arte da política está vocacionada para atender às iniquidades sociais e resolver os problemas dos mais pobres e injustiçados e não dos bem instalados.
Aos poucos fomo-los afastando de perto de nossas casas, de modo a esconder as más consciências. Localizados há bem pouco junto do bairro de N.ª Sr.ª de Fátima, empurrámo-los para junto da Zona Oficinal e Artesanal e agora para mais longe, para as antigas minas do Amedo.
O Jornal de Notícias na edição de 26 de Janeiro de 2005 relatava assim as condições de vida da comunidade carrazedense nesse local: "no alto do concelho de Carrazeda de Ansiães, centenas de pessoas improvisam uma espécie de casas abarracadas cobertas de chapas de zinco e revestidas a madeira. O cheiro é nauseabundo. Os esgotos correm a céu aberto. A recolha de lixo só é feita quando Deus quer. Por todo o lado se observam carcaças de carros e outra sucata, como frigoríficos ou fogões..." Há algum tempo, e depois de "muitas insistências", foi instalado abastecimento de água e energia eléctrica. Muitos dos residentes são crianças e idosos, habitam na mesma cabana muitas pessoas e a promiscuidade é intolerável.
A comunidade cigana vive maioritariamente da segurança social e de diversos expedientes. Vendem sucata, criam cavalos e burros, executam cestaria, angariam dinheiro através do jogo nas festas e romarias.
Os dinheiros distribuídos pela Segurança Social atenuaram algumas insuficiências, porém amplificaram as razões para nada fazer e acrescentaram novos problemas - a vadiagem e o desbaratar do pecúlio nos cafés e tabernas da vila.
Na sociedade actual e egoisticamente aproveitamos as instituições públicas e as acções da política para distribuir e manter privilégios das classes privilegiadas e não para resolver os verdadeiros problemas daqueles que necessitam. O que verdadeiramente nos aflige é o emprego para o nosso parente, o subsídio que vai faltar à nossa exploração. O objectivo é assegurar as “mordomias” dos que não têm fome e dos que têm emprego certo.
É esta concepção que nos condena à mediocridade e à gestão no fio da navalha da cada vez menos riqueza produzida.
A nobre arte da política está vocacionada para atender às iniquidades sociais e resolver os problemas dos mais pobres e injustiçados e não dos bem instalados.
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