Candidato à Presidência da República
Na semana transacta, surgiu mais um candidato ao lugar de Presidente da República, a saber o Prof. A. Cavaco Silva.
A previsibilidade desta candidatura era um dado adquirido. Desde há muito tempo, com palavras de pajem envergonhado, do querer sem o dizer, do aconselhamento familiar que não estava resolvido e do distanciamento de proximidade, todos sabiam o que o candidato não ousava dizer. Se o momento não era adequado, e podemos acreditar que sim, bastava acabar com o tabu, resolvendo falar sobre o tema, apontando uma data precisa.
Candidato já existe e todo o espectro político referenciado, como de centro-direita está aliviado, acabou a orfandade existe de facto um candidato, e com fortes probabilidades de ganhar logo à primeira volta. Será que também estão contentes e é-lhe devolvida a esperança? Provavelmente não.
Muitos se lembram, dos últimos anos de governação, ainda estamos a pagar a factura, a globalização existe.
Muitos se lembram, das afirmações críticas e de afronta, contra os seus “irmãos” partidários.
Muitos se lembram, da recusa em estar na fotografia, (cartaz) com o então Primeiro-Ministro, pois havia prejuízo na sua vida académica.
Não são motivos mais que suficientes, para os pensantes, recusarem dar-lhe o seu voto?
E, em traços gerais, quais os fundamentos para ser candidato:
Durante os últimos cinco anos ter estudado os problemas do país. A pergunta seria e encontrou solução? Se sim, porque não se candidatou ao lugar de Primeiro-Ministro, não era neste posto que implementaria as medidas para tirar o país da crise?
Apresenta-se como independente, entregou o cartão de militante, a facilidade com se retira a roupa, parece uma passagem de modelos. Apaga-se, com passes de mágica, todo um o passado, bem recente.
Não é político profissional, mas recebe as benesses económicas do profissionalismo político, é um direito, é verdade. Mas a sua candidatura não é sinal claro, da vontade de ser político profissional? A não existir políticos profissionais, não teríamos partidos, nem democracia.
Após a eleição, o PR representará todos os portugueses, até estar o facto consumado, não é obrigatório, ter vergonha de ter cor política.
Tantas razões para votar bem. Mas depois de tudo escrito fica uma admiração, as intenções de voto serem-lhe favoráveis, com uma vitória à primeira volta.
A resposta será, simplesmente, por convicção, por exclusão das partes e por fim engolindo sapos, mas colocando a cruz no respectivo local. Talvez do mal, o menos.
A ver vamos….
(Protestante)
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