Descarrilamentos da linha do Douro

No Diário de Notícias de hoje lê-se:

"Um aluimento de terras, na sequência de chuva forte, ao início da tarde de ontem, junto ao apeadeiro de Ferradosa, em São João da Pesqueira, originou o descarrilamento de um comboio e bloqueou a Linha do Douro durante o resto do dia. De acordo com um funcionário dos Comboios de Portugal (CP), o veículo seguia com poucos passageiros, que não sofreram quaisquer ferimentos. No entanto, o maquinista e o revisor do veículo ficaram feridos sem gravidade."

O comboio é um transporte essencial no futuro das comunicações. Muitos países reconhecem o facto e têm feito uma aposta séria na sua dinamização e modernização. A linha do Douro decrescresce no número de utilizadores. É antiga, obsoleta, desconfortável, nada profissional e desrespeitadora dos direitos dos trasmontanos. No troço entre a Régua e o Pocinho não se mostra competitiva com os transportes rodoviários, nem se conhece qualquer projecto para a dotar de eficácia. São contínuos os descarrilamentos reais e figurados. Viajar de comboio, na região, quase apenas vale de disfrute da paisagem singular. Mesmo, neste campo de suporte ao turismo, o realizado é pouco mais que nada. Terá mesmo de ser assim?